Líder do Democratas no Senado afirma que declaração do vice-presidente da República, ao admitir que a crise é grave e ser necessário que alguém unifique o país, significa “o atestado de óbito desse governo”; Caiado diz que esse ‘alguém‘ não pode sair de conchavos das cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria; “Temer sabe bem que a única forma de reunificar é pelas urnas, ou não haverá credibilidade para nos tirar dessa crise”
6 DE AGOSTO DE 2015 ÀS 17:53
247 – O líder do Democratas no Senado Federal, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que concorda com as recentes declarações do vice-presidente Michel Temer, que admitiu a gravidade da crise e disse que é preciso “alguém que tenha a capacidade de reunificar a todos”. De acordo com o senador em coletiva realizada nesta quinta-feira (6), a única saída seria convocar novas eleições.
“A declaração do vice-presidente Michel Temer, que é um constitucionalista, é o atestado de óbito desse governo. É determinante agora convocar novas eleições. Estamos em uma democracia e esse ‘alguém‘ ao qual ele se referiu não pode sair de conchavos de cúpulas político-partidárias ungido como salvador da pátria. Temer sabe bem que a única forma de reunificar é pelas urnas, ou não haverá credibilidade para nos tirar dessa crise”, argumentou Caiado.
Durante a entrevista, o democrata citou a recente pesquisa Datafolha que indicou que o grau de popularidade da presidente atingiu rejeição maior do que a de Collor às vésperas do impeachment.
“Uma presidente que é reprovada por 71% da população, que já não tem mais base, que foi eleita diante de uma fraude eleitoral e que vê seu governo incapaz de propor qualquer medida não tem mais condições de ficar no cargo. O que resta a Dilma é ter a sensibilidade de colocar o país à frente de seus interesses pessoais. Não há mais como governar dessa forma por mais três anos e meio”, ressaltou Caiado.