Turma da jogatina reúne paladinos do impeachment e a banda da Lava Jato

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Josias de Souza
DilmaAlanMarquesFolha4

À medida que penetra o caos, o governo Dilma vai perdendo o pouco que lhe resta de recato. O déficit estético aumentou nesta quinta-feira. Reunida com seus aliados da Câmara, a presidente passou-lhes um dever de casa: quer saber a posição das bancadas sobre a legalização da jogatina. Ideia velha, ressuscitada na véspera, num encontro de Dilma com os governistas do Senado. Alega-se que a taxação dos jogos de azar ajudará o governo a encontrar o equilíbrio das contas públicas —mesmo que tenha que procurar um pouco.

Finalmente surgiu um tema que pode aproximar os paladinos do impeachment da banda parlamentar da Lava Jato. Os dois grupos estão representados no lobby pró-jogatina. Deve-se ao senador Benedito de Lira (PP-AL), acusado de receber propinas na Petrobras, a sugestão para que Dilma se enrole na bandeira da legalização dos jogos —de bingos a cassinos, passando por caça-níqueis e pela jogatina virtual da internet.

Na Câmara, o mais aguerrido defensor da causa do jogo legal é Paulo Pereira da Silva (SD-SP). Cristão seminovo na oposição, Paulinho da Força, como é conhecido, é sócio-atleta do clube do impeachment. Há dez dias, foi mandato ao banco dos réus pelo STF, numa ação penal por crime contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha. A Procuradoria acusa-o de desviar recursos de financiamentos do BNDES.

Aliando-se a Benedito e Paulinho, Dilma se arrisca a migrar do ‘Jornal Nacional’ para o horário vespertino, no qual novelas antigas são reprisadas no ‘Vale a Pena Ver de Novo’. No final de 2010, fase em que o Brasil tinha dois presidentes —Lula e a recém-eleita Dilma—, o governo tentou recriar a CPMF. Houve gritaria, seguida de um recuo. E o deputado Paulinho, então um governista do PDT, sugeriu numa reunião do conselho político do governo, no Planalto, a legalização de bingos e afins, para custear a Saúde e reajustes de servidores públicos. Bateu na trave.

Não foi a primeira vez. Em fevereiro de 2004, segundo ano do reinado de Lula, deputados e senadores receberam a tradicional mensagem anual do presidente da República. Nela, lia-se a seguinte promessa: “A regulamentação da atividade dos bingos vai organizar o setor e assegurar recursos para o esporte social.‘‘ Responsável pela redação do texto, o então ministro Luiz Dulci (Secretaria-Geral da Presidência) assegurou numa reunião no Planalto que a frase dos bingos não era de sua lavra. Até hoje, a autoria é um mistério.

Dias antes, os brasileiros haviam assistido no horário nobre à cena de Waldomiro Diniz, então assessor da Casa Civil, recebendo sacolas de dinheiro do contraventor Carlinhos Cachoeira. Sobreveio a CPI dos Bingos, que sugeriu no seu relatório final a legalização dos jogos. Passou no Senado. Mas não prosperou na Câmara. Agora, agarrada a uma CPMF que o Congresso resiste em recriar, Dilma ameaça reencenar a mesma novela. Uma evidência de que é errando que se aprende. A errar.

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