Era uma senhora de mais ou menos 38 anos e veio trabalhar em nossa casa. Alegre, evangélica, sempre louvando e agradecendo a Deus. Era muito trabalhadora, simpática e sorridente. Pedia licença para chegar 10 minutos mais cedo para se entregar às orações antes de iniciar os trabalhos. Durante o tempo que varria a casa, lavava roupa ou realizava outras atividades, cantarolava baixinho os seus hinos de louvores. Ouvi tantas vezes alguns que os memorizei e até hoje me lembro, pois ela, de fato, tinha uma bela voz. Às vezes eu mesmo pedia: – Cante aquele do “Vaso Novo”, ou, aquele que diz “Tocou-me, Jesus”.
Um dia, durante um lanche à tarde, pedimos que se assentasse conosco à mesa e ficamos conversando, abordando assuntos diversos. Perguntamos se ela era natural daquela cidade mesmo e para nossa surpresa a história que se desenrolou da resposta consumiu praticamente o resto daquela tarde, além de outras nos dias seguintes. É essa história que resumirei a seguir:
Não, nasci no Ceará, mas vim embora para cá logo depois que me casei. Minha terra natal não me deixou muitas lembranças agradáveis. É que quando tinha 8 anos meu pai morreu e minha mãe logo se casou com outro homem. Eu me senti excluída por ela, pois passava o tempo todo só com ele, só fazia carinho nele… eu não tinha vez! Às vezes eu reclamava, irritava e não a obedecia de propósito para ter uma pouco de atenção, mas então ela me batia. Dizia que eu era ciumenta e que se não me corrigisse jamais eu iria ter marido, pois ninguém iria me suportar. Eu era uma criança e não queria saber de marido. Eu só queria um colo, um carinho de mãe, mas ela ficava cada vez mais bruta comigo.
Foi assim por três anos, até um dia, num sábado, depois de uma surra, senti muita raiva e naquela tarde, quando minha mãe foi para o quarto com ele eu fugi de casa e passei a morar nas ruas junto com uma amiga que também sofria com problemas semelhantes. Ficamos um tempo juntas pelas ruas, nos escondendo e nos apoiando uma na outra, mas logo ela se foi. Os pais dela a encontraram e a levaram embora. Nunca mais a vi. Sozinha, passei a sofrer com a solidão e o medo, pois a maioria dos moradores de rua era composta por homens, tanto adultos quanto meninos. Até tinha meninas, mas frequentemente juntas com suas mães. Eu era a única sozinha. Sentia saudades de casa, mas não suportava a ideia de voltar e receber tanto desprezo.
Minha mãe fez algumas tentativas de me resgatar, mas sempre que foi me procurar estava acompanhada por meu padrasto e por isso eu fugia. Queria merecer a atenção dela só para mim. Tinha muito ciúmes dela e raiva dele. Estava decidida a não voltar e mesmo com medo, acabei fazendo amizade com um menino que era apenas um ano mais velho e vivia nas ruas desde que sua mãe faleceu e seu pai se tornou um alcoólatra que acabou morrendo ao seu lado numa praça enquanto dormiam. Ele tinha o apelido de Catita e vivia num grupo de meninos que aprontava na região central da cidade. O grupo a que ele pertencia tinha má fama, mas ele era simpático, sorridente e amável. Senti-me acolhida e segura ao lado dele.
Passei a conviver com ele e os outros meninos em alguns horários durante o dia, mas antes da noite cair, se estivesse com eles, eu mentia que iria dormir em casa quando na verdade ia dormir sozinha escondida em algum outro ponto da cidade. Um dia contei a verdade para meu amigo – que a essas alturas já era pouco mais que isso, pois havíamos nos apegado muito e confiávamos um no outro – e então que ele fez uma sugestão que mudou os rumos da minha vida como nunca eu poderia imaginar. Sugeriu que eu passasse por uma transformação, me disfarçando de menino para poder conviver no meio deles sem ser molestada. Estranhei, mas não tinha alternativa. Não havia porque não tentar.
Pedi a uma mulher que também vivia por ali, para cortar meus cabelos bem curtos, dizendo que era por medo de pegar piolhos. Ela usou uma faca e lâminas de barbear e me deixou praticamente careca. Catita, conseguiu umas doações de roupas de menino. Foi constrangedor, mas deu certo!
Passei uns dias escondida para me adaptar, sem ser vista por eles, voltei já com outra aparência, de cabeça raspada, usando um boné virado para trás, bermuda, tênis sujo e rasgado. Não tinha seios formados ainda, por isso não foi difícil disfarçar essa região.
Catita, apesar de não ser grande era muito esperto e por isso era respeitado no grupo e me apresentou aos demais dizendo que me conhecia da vila onde vivia antes com a família e que me chamava Guto, tinha 12 anos… e assim fui integrada sem desconfianças. Sobre a menina que já tinham visto algumas vezes com ele a história era que havia voltado para a casa dos pais.
Para garantir que ninguém iria se meter comigo, Catita virou-se para eles e disse: – De agora em diante Guto, você vai se chamar “Pantera”, por que tem esses “zóios azul, igual zóio de gato”. Eu vou tomar conta de você e te ensinar a lidar com esses moleques e a malandragem prá morar na rua, ok? Vou te ensinar a roubar, porque aqui ninguém vive sem participar “dos pega”, enganar os “puliça” e a fumar, tá certo? Assenti com a cabeça e fechei o punho para dar uma demonstração de força, enquanto por dentro parece que estava me derretendo de medo.
Ele me ensinou muita coisa mesmo, mas poucas vezes precisei usar, pois ele fazia tudo para mim. Catita é como se chama uma espécie de rato pequeno e o apelido era devido a sua esperteza para roubar como um rato. Roubava principalmente comida, mas às vezes aparecia com dinheiro e comprava sorvete e outras guloseimas (riu…).
Pelo fato de ter assumido a responsabilidade por mim, não precisei passar pelos rituais que eles estabeleciam para aceitar alguém o que incluía o abuso sexual. Nesse sentido fui privilegiada, embora temesse que a qualquer hora tudo pudesse reverter. Bastava que o Catita ficasse mal com eles por alguma razão, mas felizmente ele era bem simpático e se dava bem com todos.
Mesmo assim logo descobri que não era fácil ser menino, especialmente em alguns momentos mais íntimos em que eu precisava estar só. Mais do que isso: eu não podia e nem me interessaria em participar das orgias que praticavam na calada das noites, depois de ingerirem álcool ou cheirarem cola-de-sapateiro. Eu torcia para que ficassem logo dopados e dormissem, na verdade “desacordassem”, pois aí tudo se aquietava e eu podia dormir sem medo. Mas antes disso, alterados pelas drogas, praticavam a masturbação e coito anal entre eles, na maioria das vezes com permissão, outras com insistência, e, de vez e quando com violência quando era um novato que queria se integrar ao grupo. O mais comum era a prática que chamavam de troca-troca, onde se revezavam em quem fazia o papel ativo sobre o outro. Alguns não entravam na roda, embora assistissem a prática, uns se masturbando, outros só se drogando, mas isso possibilitava que eu também ficasse fora, chocada no início, mas fazendo de conta que estava tudo normal para não alarmar.
Aos poucos fui me adaptando e achando que aquilo não passava de brincadeira o que de fato para eles parecia ser, pois riam o caçoavam um do outro o tempo todo.
Já havia se passado três meses ou mais – o tempo ali era o que menos se contava – e eu escamoteava minha identidade entre eles, sabendo que a qualquer momento não iria mais conseguir esconder, quando, para meu azar um deles perguntou por que eu não participava daquelas rodadas de sexo e rindo arguiu que eu não devia ter pênis. Todos riram e eu ri também, mas antevi o que iria acontecer… e aconteceu! Um deles se levantou e disse: – Põe isso prá fora e prove que é homem, cara! Ou você é uma menininha? Comecei a tremer e a temer o que viria, mas de súbito me ocorreu uma ideia que me livrou do pior. Ele tinha a fama de ser muito bem dotado e não queria ser desprestigiado nesse quesito e por sorte me lembrei que diziam que certa vez um ex membro do grupo o havia desmoralizado mostrando um órgão maior que dele. Enchi-me de coragem e disse: – Mostro, sim! E você vai ver que o que tenho é maior que o seu. Fez-se silêncio, especialmente da parte dele. Então aproveitei para reforçar: – Só que depois você vai ter que ceder seu traseiro prá mim e aí você vai ver a menininha!
Essa ameaça mexeu com a segurança dele, pois sabia que se perdesse teria que se submeter a ser meu escravo sexual enquanto eu quisesse (mal sabia que seria a última coisa que eu iria querer, mesmo que fosse menino). Catita estava boquiaberto, sem fôlego. Vi a angústia nos olhos dele!
O valentão, sem saída, envergonhado, soltou um palavrão e retirou-se para cheirar cola e depois dormir em seu canto. A pressão foi demasiada para ele e a gozação foi geral! Para garantir ainda mais veracidade, enchi-me de coragem e disse para a turma toda: – Ok, amanhã vou participar dos “trepa” então! Fui uma gritaria geral e até palmas recebi (riu…).
A noite foi tensa e na manhã seguinte, bem cedo, antes que todos acordassem – até porque a maioria dormia com a cabeça cheia de cola-de-sapateiro e acordar não era fácil – eu e Catita, fizemos o que havíamos combinado por gestos e olhares, ou seja, fugimos dispostos a nunca mais voltar.
Fugir do grupo significava fugir da cidade, pois o centro era pequeno, havia poucas praças e lugares para se abrigar e ali, definitivamente, não era mais o nosso lugar. Seguimos em para a rodovia e andamos o dia todo, fazendo algumas paradas em postos de gasolina para tomar água ou pedir alguma comida. Dormimos aquela noite embaixo de um caminhão quebrado à margem da estrada e no dia seguinte, nos misturamos a uns trabalhadores que aguardavam o ônibus em frente a uma venda de beira de estrada e conseguimos nos escamotear entre eles e assim chegamos à cidade localizada há cerca de 150 quilômetros, onde Catita havia morado até alguns anos atrás enquanto vivia com os pais. Estávamos cansados, mas felizes por estarmos juntos e sozinhos.
Nossa liberdade não durou muito, pois continuamos nas ruas e não tardou a encontramos um menino que reconheceu o meu amigo. Ele era integrado a um grupo e através dele fomos apresentados e acolhidos também. Era um grupo pequeno, com apenas 7 membros. No terceiro dia, porém, após nossa chegada o líder deles, um grandalhão grosseiro e com fama de violento, nos chamou e disse:
– “Olha, aqui nos temos uma regra. Ninguém entra sem ser domado por um dos nossos”.
– Domado? Como assim? – perguntei, apesar de já imaginar a resposta. De fato era o que eu pensava. A “doma” era trocar porrada com pelo menos três de uma vez, ou seja, apanhar muito. Ele disse: – Vou ajudar vocês! Como são raquíticos e vão ter que enfrentar só dois de cada vez, mas vão ter que se virar. Se ficar com moleza, já era. Aqui não tem lugar prá frouxo. E aí já sabe: vai pagar de outro jeito!
Gelei, mais do que já estava gelada! Imaginei o que estava por vir.
– Se não aguentar na porrada vão ter que aguentar de “quatro” – disse rindo e continuou: – Se achar que não aguenta, pode ser oral, mas aí é para mim e os para os outros – sentenciou.
Ele era um sádico, um psicopata e estava muito drogado. Ria só de ver nosso pavor e estimulava os outros que ficavam eufóricos. Lutar não teríamos chance, pois Catita era pequeno e eu por razões óbvias. Ou seja, caímos numa armadilha. Estávamos em situação pior do que de onde tínhamos vindo.
Sem saída, Catita – que a essas alturas já não dava mais para negar que já era meu namorado – teve uma ideia luminosa que poupou minha identidade feminina. Ele disse que se submeteria ao coito anal, mas que eu não poderia, pois que na outra turma eles tinham me ferido e que eu teria sangrado muito e que por isso tínhamos fugido; Que eu havia passado uma pomada que poderia queimar o órgão de quem encostasse ali. Foi uma história esdrúxula, mas me poupou mais uma vez a identidade. Em compensação tive que me sujeitar a fazer sexo oral em vários moleques sujos, enquanto outros sodomizavam Catita. Óbvio que passei mal, senti muito nojo e pena do Catita, mas preservei minha virgindade e, mais que isso: Salvei minha vida naquela noite! Não dá para saber o que teria acontecido se descobrissem que eu era uma menina. Talvez, se não me matassem, me fariam objeto sexual deles, estuprada várias vezes por dia para saciá-los. Talvez o Catita, como sempre, tentasse me salvar e viesse a sofrer duras as consequências por esse ato. Ele, mais uma vez, tinha sido meu herói e estava pagando o preço, sentindo dores horríveis. Era por mim que ele se sujeitara e isso fazia que eu cada vez mais ao admirasse e o amasse no fundo do meu coração.
Na manhã seguinte, sem alternativas, novamente estávamos em fuga, andando sem rumo, esgueirando pelas ruas periféricas sem saber para onde seguir. Não podíamos retornar; não podíamos ser descobertos. Estava muito difícil prosseguir e resistir. Imaginávamos que iriam nos achar e nos matar de tanto nos bater. Estávamos apavorados, cansados e com fome. Sentamos sobre um tronco no chão, num terreno baldio, para descansar e pensar. Pouco antes havíamos passado por uma senhora que varria a frente de sua casa e que observara a nossa presença. Por alguma razão eu havia olhado para ela e o olhar dela cruzado com o meu e de repente, sem que percebêssemos, ela estava à nossa frente, perguntando:
– O que está acontecendo com vocês? Parecem assustados! De onde vocês vêm?
Sem alternativa concordamos: – Sim, estamos com medo e ameaçados pelos moleques da rua, do centro da cidade. Se eles nos encontrarem podem até nos matar. Respondemos chorando. Aquela senhora parecia um anjo que desceu do céu para nos ajudar. Ela nos acalmou e nos acolheu em seu quintal. Deu-nos pão com suco – o que devoramos em segundos – e depois nos mandou tomar banho num banheiro que havia na parte de trás da casa. Era um banheiro pequeno, mas ela nos levou até lá e praticamente nos empurrou para dentro para que nos banhássemos ao mesmo tempo. – Tomem um bom banho que vou arrumar roupas para vocês.
Ficamos sem jeito, pois pela primeira vez ficaríamos nus frente a frente, embora já nos tivéssemos visto um ao outro assim, mas sem nos encararmos diretamente. A situação agora era outra, e, confesso, muito estimulante para uma menina – e para ele também obviamente – ambos em plena puberdade. Estávamos surpresos por termos sido acolhidos por aquela senhora e também pela situação embaraçosa que nos colocou, mas felizes por estarmos a salvo e juntos.
Ali, sob as águas que caíam sobre nossos corpos nus rolou o mais caloroso abraço e beijo que senti em toda a minha vida e pela primeira vez senti o desejo sexual, algo puro, cheio de amor, pulsar dentro de mim, embora tenhamos ficado apenas nas carícias, até por que nossa situação psicoemocional não era compatível e também por medo da senhora aparecer de repente nos chamando.
Depois de banhados e vestidos, deixou-nos descansar sobre uma esteira no chão da varanda. Ao acordarmos recebemos uma refeição que, segundo nossa imaginação apenas um Rei e uma Rainha poderiam saborear algo tão bom. Estava tudo delicioso e quentinho. Enquanto isso a senhora nos fazia o maior questionamento. Ela queria saber detalhes sobre nós, nossa família, tudo! Foi então que eu, embora gaguejando e envergonhada pelo que tinha feito no banheiro, revelei que era menina. Ela tomou um susto tremendo e chamou o marido que recém havia chegado do trabalho para almoçar. Chamaram também as vizinhas, que por sua vez chamaram o Padre, que chegou trazendo outra senhora, diretora de um abrigo para meninas e meninos órfãos.
Ali começou uma nova fase da nossa vida. Já não podíamos ficar o dia todo juntos, mas estávamos felizes por nos vermos em média quatro vezes por dia: uma no café da manhã, depois no almoço, outra a tarde durante um breve intervalo e à noite durante o jantar, estendendo até o horário das orações, antes de dormir. Voltei a ser eu (disse seu nome completo que será aqui preservado). Meus cabelos estavam crescendo e ganhando forma novamente e já usava alguma maquiagem, embora não se permitisse muita vaidade naquele local.
Dois anos se passaram naquela casa, onde aprendemos e desenvolvemos várias atividades, como artesanato, costura, culinária, violão, até que um dia fomos surpreendidos com a chegada da minha mãe que há muito perambulava pelas ruas me procurando. Houve choro, emoção, mas também sentimento de revolta, medo, angústia… Tudo foi passando à medida que conversamos e mamãe apresentou suas razões, seus medos seu desespero e sofrimento diante da minha fuga, mas que agora tudo havia mudado e ela só queria me dar amor.
Deixei o abrigo apenas depois de concordarem que Catita iria comigo e assim ele passou a integrar minha família, morando num cômodo apartado de casa, mas no mesmo quintal. Era gentil, dedicado, respeitoso e trabalhador. Meu padrasto também havia mudado muito e foi receptivo conosco. Ambos pediram-nos perdão e a minha vida ganhou outro sentido, em especial alguns anos depois quando me casei com meu ex-protetor da rua, não mais Catita, mas com seu nome (preservado) de batismo. Com a Graça de Deus, tivemos 3 filhos, uma moça e dois meninos. Vivemos felizes, embora sejamos pobres, mas hoje posso contar essa história que poucos sabem com tantos detalhes. Agradeço por me ouvirem!
Notei que havia uma lágrima no canto do seu olho, mas não parecia de tristeza, mas sim de gratidão pelo dom da vida e eu a essas alturas só queria recuperar minha voz embargada na garganta para poder abraçá-la e dizer-lhe: – “Eu que pensei em apenas contratar uma pessoa para trabalhar em nossa casa, na verdade recebi uma grande benção. Através de você pude confirmar a força infinita que sempre percebi no ser humano, mas que nunca me havia sido tão enfaticamente revelada. Toda psicologia se torna medíocre perto da sua vivência. Descobri que preciso fazer outra faculdade: A Faculdade da VIDA NOS BECOS E VIELAS!”
Foi após ouvir essa incrível história de vida, no ano de 2001, em Porto Velho – RO., que passei a me enveredar pelos becos da região atrás da Rodoviária, do Porto do Cai N’água, Bairro da Balsa, enfim, nos locais onde a pobreza financeira se mistura com a degradação moral, drogas, violência. Nesses lugares acompanhei muitos casos de sofrimento e testemunhei muitos “galhos secos voltando a florescer”. Foi assim que entendi que a droga não é um deus-química com poder para exercer pleno domínio sobre o ser humano. Ela perde a força quando esse ser humano descobre que pode acessar o DIVINO SER QUE HÁ EM SI! Sim, creio… HÁ UM DEUS DENTRO DE CADA UM DE NÓS!!
Foto meramente ilustrativa