A vacina da Oxford/Astrazeneca, que está em ensaios clínicos no Brasil em parceria com a Fiocruz, tem composto fabricado na China. Jair Bolsonaro prefere esta vacina em detrimento da Coronavac, produzida pela China em parceria com o Instituto Butantan. Uma das alegações de Bolsonaro para o veto é a origem chinesa. Mas um dos componentes desta vacina é fabricado na China
Jair Bolsonaro e CoronaVac (Foto: Reuters)
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247 – Jair Bolsonaro declarou que vai proibir a fabricação e distribuição da vacina chinesa no Brasil, mas não conseguirá se livrar da China para disponibilizar vacinas aos brasileiros: o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina de Oxford, principal aposta do governo federal, é fabricado em um laboratório instalado na China.
De acordo com informações prestadas ao Congresso pela própria Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), 15 milhões de doses do IFA virão da China para o Brasil em dezembro, para a fabricação das primeiras doses da vacina desenvolvida por Oxford no Instituto Bio-Manguinhos, ligado à fundação, informa a jornalista Mônica Bergamo na Folha de S.Paulo.
O Ministério da Saúde foi obrigado por Bolsonaro a cancelar, na quarta (21), protocolo de intenções com o Instituto Butantan porque o presidente diz não quer comprar a vacina chinesa que será fabricada em parceria com a instituição.
Por outro lado, a pasta já disponibilizou R$ 1,5 bi para a encomenda tecnológica da Fiocruz —que inclui a importação do IFA feito na China para a AstraZeneca, a farmacêutica que desenvolve a vacina em parceria com a Universidade de Oxford.