O presidente do Sinpfetro Airton Procópio, ao tomar conhecimento da aprovação da LDO – Lei de Diretrizes Orçamentárias e principalmente sobre a derrubada do artigo, que proibia a concessão da quaisquer reajustes para os servidores nos anos vindouros, demonstrou muito contentamento, pois na sua visão foi um passo muito importante quebrar tais proibições, pois os servidores não querem e não podem pagar por erros cometidos pelos governantes, que sempre tentam enviar a conta para os mais frágeis, no caso presente, os servidores.
Airton, sem querer parecer presunçoso, pois tem exatamente a consciência do poder e da força das federações e dos sindicatos de alcance nacional que representam centenas de milhares de servidores, tão logo tomou conhecimento de que o Governo pretendia mais uma vez enviar a fatura dos desmandos administrativos para os servidores, a exemplo do que tentou o ano passado, adiar o reajuste previsto para janeiro de 2019 para 2020, entrou em contato permanente com os presidentes dos sindicatos dos três ex-territórios, no sentido de conversarem com os seus parlamentares, o que efetivamente foi feito por todos dirigentes dos citados órgãos de classe, ocorrendo o mesmo com vários parlamentares em Rondônia.
Num capitulo a parte, Airton conversou várias vezes com Sadislei Andrade, de Roraima, em razão da sua forte ligação com o senador Romero Jucá, líder do Governo e presidente do PMDB, tendo Airton, num das ultimas viagens, conversado rapidamente com o senador, que informou que estava atento e iria ver o que iria fazer, pois como líder do Governo, não poderia se rebelar contra a LDO e contra decisão da equipe econômica.
O fato é que na última quarta-feira, na Comissão Mista, composta por deputados e senadores, mesmo contra a vontade do senador relator do da LDO, senador Dalirio Beber (PSDB-SC), Romero Jucá, trabalhou muito e antes da matéria seguir para o Plenário e conseguiu derrubar o artigo, que adiava o reajuste já previsto em lei desde 2016, assegurando as carreiras típicas de Estado, reajustes salariais nos meses de janeiro até o ano de 2019, ficando então para decidir no plenário, dentre outras coisas, a questão dos reajustes para os outros anos futuros, pois a idéia do Governo com base PEC 55, que congela as despesas do Governo Federal, com cifras corrigidas pela inflação, por até 20 anos, era no sentido de congelar indefinidamente todo e qualquer aumento salarial, ate que a nossa economia apresentasse superávit.
No mesmo dia no Plenário, a briga foi muito grande e mais uma vez o senador Jucá e muitos outros parlamentares, inclusive de Rondônia, se colocaram contra o congelamento dos reajustes e junto com parlamentares de outros partidos de oposição, derrubaram também tal proibição, permitindo, que o futuro presidente da Republica, se assim entender, negocie com as categorias e conceda o reajuste na data base do funcionalismo, nem que seja apenas repondo a inflação do período.
O fato é que mesmo a equipe econômica, insistindo que tentará mais uma vez adiar o reajuste, a previsão é que aconteça o mesmo final de janeiro passado, ou seja, a Justiça impeça o descumprimento da lei dos reajustes escalonados por quatro anos de 2106 a 2019. Com o reajuste em questão, os nossos sindicalistas de nível superior, terão no contracheque um aumento de R$1.332,21 e o pessoal de nível médio de R$ 803,19 .