Moro condena cúpula da Camargo a mais de 15 anos

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Na primeira sentença contra empreiteiros no âmbito da Operação Lava Jato, o juiz Sérgio Moro condenou a mais de 15 anos de prisão a cúpula da empreiteira Camargo Corrêa pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa nas obras da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco; o ex-presidente da empresa Dalton dos Santos Avancini, porém, cumprirá a pena em casa por ter feito acordo de delação premiada; além dos empreiteiros, Moro condenou o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e o agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o ‘Careca‘, pelo mesmo caso

247 – O juiz federal Sérgio Moro, que coordena os processos da Operação Lava Jato, condenou a cúpula da empreiteira Camargo Corrêa a mais de 15 anos de prisão pelos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa. Esta foi a primeira sentença contra empreiteiros na investigação.

A condenação é referente a licitações da obra da Refinaria Abreu e Lima, que fica em Pernambuco. Por ter feito acordo de delação premiada, o ex-presidente da empresa, Dalton dos Santos Avancini, cumprirá em casa sua sentença de 15 anos e dez meses de reclusão, assim como o vice-presidente, Eduardo Leite, segundo informações do blog do Fausto Macedo.

Além dos empreiteiros, Moro condenou também, pelo mesmo caso, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o agente da Polícia Federal Jayme Alves de Oliveira Filho, o ‘Careca‘. O agente terá de cumprir uma pena de onze anos e dez meses de prisão pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Costa, condenado por corrupção e lavagem de dinheiro, recebeu uma sentença cuja soma atinge 12 anos de prisão e 315 dias multa em regime fechado. Por conta do acordo de delação premiada firmado com a Procuradoria Geral da República, ele poderá cumprir a condenação de outra forma, com apenas um ano em regime domiciliar e mais um ano em prisão com recolhimento domiciliar à noite e aos finais de semana.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil a respeito:

Sérgio Moro condena executivos da Camargo Corrêa a 15 anos de prisão

Andreia Verdélio – Na primeira sentença dada a empreiteiros, o juiz Sérgio Moro, da Justiça Federal de Curitiba, condenou hoje (20) seis réus envolvidos na Operação Lava Jato, que investiga corrupção em contratos da Petrobras.

Os executivos da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini (15 anos), Eduardo Hermelino Leite (15 anos) e o conselheiro João Ricardo Auler (nove anos e seis meses) foram declarados culpados pelos crimes de corrupção ativa, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa.

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, foi punido pelos crimes de corrupção passiva, pelo recebimento de vantagem indevida paga por executivos da Camargo Correa.

A punição de 12 anos de prisão foi imposta também por seis crimes de lavagem de dinheiro procedente dos contratos da empreiteira com as refinarias Abreu e Lima e Getúlio Vargas, por meio de operações simuladas com a Costa Global Consultoria.

Avancini e Hermelino Leite foram condenados ainda por 38 crimes de lavagem de dinheiro de contratos das refinarias, em operações simuladas com as empresas Sanko Sider, MO Consultoria, Empreiteira Rigidez, GDF Investimentos e Costa Global.

O doleiro Alberto Youssef, operador dos pagamentos, foi reconhecido culpado (oito anos de reclusão) pelo crime de corrupção passiva. Jayme Alves de Oliveira vai pagar por 38 crimes de lavagem, saque e transporte de dinheiro, com 11 anos de prisão.

Na mesma sentença, o juiz Sérgio Moro inocentou Waldomiro de Oliveira pelo crime de lavagem de dinheiro e absolveu de corrupção ativa o dirigente das empresas Sanko, Márcio Andrade Bonilho.

Adarico Negromonete Filho, que havia sido acusado de prestar serviços de entrega de dinheiro a mando de Youssef, foi absolvido de pertinência a organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Auler, Avancini e Hermelino Leite foram absolvidos da acusação de uso de documento falso e Auler também foi absolvido do crime de lavagem de dinheiro por intermédio das empresas Sanko Sider.

Em função do acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa, Alberto Youssef, Dalton dos Santos Avancini e Eduardo Hermelino Leite obtiveram abrandamento das penas.

Segundo as investigações, a empreiteira Camargo Corrêa, como outras grandes empreiteiras brasileiras, teriam formado um cartel e fraudado licitações da Petrobras para a contratação de grandes obras.

As empresas manipulavam os preços apresentados nas licitações para serem contratadas pelo maior preço possível e, para isso, contavam com a ajuda de empregados do alto escalão da Petrobras, entre eles o ex-diretor Paulo Roberto Costa.

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