Waldemir Barreto/Agência Senado: <p>aecio neves</p>
Cerca de 15 dias depois de o STF proibir o financiamento empresarial de campanhas e dois dias após o veto da presidente Dilma Rousseff ao trecho da reforma política que trata das doações privadas a políticos e partidos, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) apresenta um projeto de lei que proíbe servidores em cargos de confiança de doarem dinheiro a candidatos e partidos; tucano, que é a favor das doações de empresas, fala em “verdadeiro balcão de negócios” no caso dos cargos comissionados
247 – O presidente do PSDB e senador Aécio Neves (MG) apresentou nesta semana um projeto de lei aparentemente vingativo no Congresso. A proposta é proibir que servidores em cargos de confiança nos governos federal, estadual e municipal façam doações eleitorais a candidatos e partidos políticos durante as eleições.
O gesto acontece cerca de 15 dias depois da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que proibiu o financiamento empresarial de campanhas e dois dias após o veto da presidente Dilma Rousseff ao trecho da reforma política que trata das doações privadas a políticos e partidos.
“Entendo ser inaceitável que a nomeação para cargos estratégicos para o país, estados e municípios seja feita na verdade, não pela competência e pela capacidade de seus ocupantes, mas sim com a intenção de drenar dinheiro dos cofres públicos para reforçar o caixa de candidatos e partidos”, justificou o tucano.
Aécio, que defende as doações de empresas privadas a campanhas – sistema em que a companhia faz a doação fatalmente esperando ser beneficiada com a participação em projetos bilionários durante o governo –, fala em “balcão de negócios” ao tratar dos cargos comissionados.
“O governo federal, que devia dar bom exemplo para estados e municípios, é quem promove um verdadeiro balcão de negócios utilizando cargos que são remunerados com dinheiro público. A retribuição a essas indicações políticas não deve ser nunca o financiamento de campanhas eleitorais, quando não o acobertamento de desvios e de corrupção”, disse ainda Aécio.