Citação a Wagner na Lava Jato pode complicar (ainda mais) a vida de Dilma

WhatsApp
Facebook
Twitter



Após assumir a Casa Civil com a missão de atuar como bombeiro, implicação do político baiano em esquema de desvios na Petrobras pode ampliar crise no Planalto
OtrosGuardarEnviar a notícia por emailImprimir

O ministro da Casa Civil, Jaques Wagner. A. Cruz Ag. Br.

GIL ALESSI

O atual ministro da Casa Civil de Dilma Rousseff, Jaques Wagner, foi indicado para o cargo em outubro para servir de bombeiro em meio à crise política que atinge o Planalto. Político conhecido por suas habilidades conciliadoras e tido como um bom negociador, o ex-governador baiano, no entanto, pode involuntariamente ter ajudado a colocar mais lenha na fogueira que assa o Governo. Isso porque, de acordo com documentos apreendidos no gabinete do senador petista Delcídio Amaral (MS), preso pela força-tarefa da operação Lava Jato, dão conta que o ex-diretor da área internacional da Petrobras, o delator Nestor Cerveró, teria afirmado que “um grande aporte de recursos” desviados da estatal teria irrigado a campanha de Wagner em 2006.

MAIS INFORMAÇÕES
STF aperta o cerco sobre Cunha
“O impeachment virou estratégia de autodefesa contra a Lava Jato”
Dilma prega reforma da Previdência e esfria as expectativas do PT
Wagner assumiu a Casa Civil no lugar de Aloizio Mercadante, que teve atuação muito criticada por parlamentares da base aliada e até mesmo por petistas ligados ao grupo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O documento encontrado em posse de Delcídio é um resumo da delação premiada de Cerveró prestada perante a Procuradoria-Geral da República. Além de implicar o ministro, os papeis também acusam o então presidente da estatal, o petista José Sérgio Gabrielli, de ter operacionalizado o esquema. Wagner foi eleito aquele ano, e posteriormente reeleito em 2010. Ao jornal O Estado de São Paulo, Gabrielli afirmou que “nunca soube de utilização de recursos ilegais dos fornecedores da Petrobras para a campanha”. Wagner disse que as acusações são meras “ilações”, e em nota afirmou que não comentaria os fatos por não ter conhecimento do conteúdo das delações.

Na delação, Cerveró fala que para viabilizar o pagamento da propina “foi construído um grande prédio em Salvador, onde atualmente é o setor financeiro da Petrobras”. O delator não soube precisar, no entanto, qual empreiteira teria realizado a obra, mas de acordo com o jornal Folha de S. Paulo a Odebrecht e a OAS, ambas investigadas por formação de cartel e corrupção na Petrobras, teriam sido responsáveis pela construção.

Mas os problemas de do ministro não acabam por aí. Mensagens apreendidas no telefone celular do empreiteiro Leo Pinheiro, da OAS, falam sobre um esquema de corrupção envolvendo fornecedoras da Petrobras e fundos de pensão. Em um dos textos, o empresário fala sobre um impasse nas negociações, e cita “o nosso amigo JW”, que seria o código com as iniciais do petista. O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, preso por envolvimento no esquema investigado pela Lava Jato, também é citado por Pinheiro. O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse nos autos que “houve pagamento de vantagens indevidas aos responsáveis por indicações políticas”.

As denúncias envolvendo Wagner chegam em péssima hora para o Planalto. Após um ano em que o Executivo se viu encurralado por pedidos de impeachment e não conseguiu impor sua agenda perante uma base rebelde e oposição irredutível, a expectativa era de que as situação se acalmasse em 2016. Isso porque o Supremo Tribunal Federal jogou um balde de água fria no processo de impedimento de Dilma, questionando o rito imposto pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Feito o estrago, existe o receio de que a oposição convoque o ministro para depor em uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar malfeitos nos fundos de pensão da estatal, o que colocaria lenha na fogueira do bloco pró-impeachment.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Últimas Notícias

Screenshot_20241208_210649_WhatsApp
Luto - David Barroso de Souza
Screenshot_20241010_083144_WhatsApp
Nesta sexta-feira, café da manhã no Sinpfetro
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
Screenshot_20240916_193205_Gallery
Luto - Mauro Gomes de Souza
Screenshot_20240804_200038_Facebook
BEE GEES E O BULLYING - Jair Queiroz
Screenshot_20240730_075200_WhatsApp
Nota de pesar - OLINDINA FERNANDES SALDANHA DOS SANTOS
Screenshot_20240718_121050_WhatsApp
Luto - Adalberto Mendanha
Screenshot_20240714_160605_Chrome
Luto - Morre Dalton di Franco
Screenshot_20240702_125103_WhatsApp
Luto - Cleuza Arruda Ruas
Screenshot_20240702_102327_WhatsApp
Corpo de Bombeiros conduz o corpo do Colega Jesse Bittencourt até o cemitério.

Últimas do Acervo

Screenshot_20241020_205838_Chrome
Dez anos do falecimento do colega, Henry Antony Rodrigues
Screenshot_20241015_190715_Chrome
Oito anos do falecimento do colega Apolônio Silva
Screenshot_20241005_173252_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega Paulo Alves Carneiro
Screenshot_20240929_074431_WhatsApp
27 anos do falecimento do José Neron Tiburtino Miranda
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
07-fotor-202407269230
Vário modelos de Viaturas usadas em serviço pela PC RO
Screenshot_20240831_190912_Chrome
Dois anos da morte do colega Aldene Vieira da Silva
Screenshot_20240831_065747_WhatsApp
Quatro anos da morte do colega Raimundo Nonato Santos de Araújo
Screenshot_20240827_083723_Chrome
Quatro anos da morte do colega Altamir Lopes Noé
Screenshot_20240811_181903_WhatsApp
Cinco anos do falecimento do colega Josmar Câmara Feitosa

Conte sua história

20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular
cacoal
Cacoal nas eleições de 1978 - João Paulo das Virgens