Maior empreiteira brasileira, e com seu presidente preso há quase um ano e prestes a fazer delação premiada, a Odebrecht, de Marcelo Odebrecht já demitiu 50 mil pessoas desde o início da Operação Lava Jato; além disso, a dívida da companhia foi a R$ 110 bilhões, acendendo o sinal amarelo entre seus credores; o que preserva a empresa é sua diversificação por atividades e também por países; cerca de 61% das receitas vem do exterior; com isso, a receita foi de R$ 107 bilhões em 2014 para R$ 132 bilhões em 2015
247 – Uma reportagem de Ricardo Brandt, publicada neste domingo no jornal Estado de S. Paulo, revela o impacto da Operação Lava Jato, cujo presidente, Marcelo, está preso há quase um ano e poderá sair da cadeia após formalizar sua delação premiada – o que deve atingir 13 governadores e 36 senadores.
Desde o início do terremoto, a Odebrecht já demitiu 50 mil pessoas. Além disso, a dívida da companhia foi a R$ 110 bilhões, acendendo o sinal amarelo entre seus credores.
O que preserva a empresa é sua diversificação por atividades e também por países. “Duas peculiaridades deram fôlego para o grupo: a atuação em 21 países e a diversificação em 15 áreas de negócios. Cerca de 61% das receitas vem do exterior. Dois negócios resistiram ao turbilhão: a petroquímica Braskem e Odebrecht Ambiental, de saneamento. Eles compensaram as perdas e fizeram a receita ir de R$ 107 bilhões em 2014 para R$ 132 bilhões em 2015”, diz a reportagem.
O grande desafio, após a saída de Marcelo Odebrecht da prisão, o que deve ocorrer depois de homologada a delação premiada, será encontrar um novo modelo de negócios, menos dependente da troca de favores entre os setores público e privado.
Além disso, com o fim do financiamento empresarial de campanhas, agentes públicos terão um incentivo menor para construir obras faraônicas – o que tende a reduzir a demanda por serviços de engenharia de grande porte no País.