Noberto Savala conta uma das suas muitas histórias na Policia Civil de Rondônia

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Quando a zona leste começou a ser invadida, uma vez fomos fazer uma diligência a procura de um latrocida. Quando lá chegamos avistamos o dito cujo Carcará e como não poderia ser diferente ele começou s correr. Na época estávamos eu, Sérgio Barriga, José Maria e um motorista, cujo nome não recordo.

Naquele momento cada um correu para lados diferentes para assim fazermos o cerco. Naquela época as pessoas começavam construir casas e depois abandonavam sem concluir as mesmas e a ruas eram somente, na maioria, pequenos caminhos que os próprios moradores faziam e num desses cruzamentos tombei com o sujeito e ele vinha com uma faca e no choque da trombada eu que vinha com minha arma na mão e ele com a faca deixamos cair as armas.

O bandido não sabendo que minha arma tinha caído, saiu correndo e eu logo após  recuperar minha arma sai correndo atrás do dito cujo, mas o perdi de vista, porém  continuei o procurando e quando passava por um terreno já devidamente murado,  avistei  a figura saindo de um buraco lá no fundo do terreno há uns 45 metros de distância e gritei : ‘Parado é a polícia’ e mesmo assim ele correu e pulou um muro de uns dois metros de altura e mesmo porque esse individuo era também bastante alto e forte.

No momento em que ele pulou ai eu atirei, porém  ele  pulou o muro e eu continuei a procurá-lo até que em certo momento um garoto me falou: ‘Seu puliça , outro puliça pegou o bandido e o mesmo moleque me levou até onde estava o José Maria e lá verifiquei que o sujeito estava com um lençol amarrado no peito resultado do que o tiro que eu havia disparado, quando ele pulou o projétil o acertou bem do lado esquerdo e ele que era de cor negra já estava ficando branco.

Constatado o ferimento, o levamos para o Hospital de Base e lá chegando quem estava de plantão era o nosso saudoso colega médico-legista Dr. Rachid, quando então explicamos a situação e ele se prontificou a dar o atendimento de urgência.

Dalí, fomos para a Central de Polícia e o delegado de Plantão do dia era o delegado João Lacerda de cujo plantão eu fazia parte,  pois naquela época cada delegado de Plantão tinha sua equipe de policiais.

Após colocamos o delegado a par da situação, permanecemos ali na porta de entrada da Central, momento em que um outro delegado apareceu por lá e falou: ‘Se fosse eu o plantonista tomava a arma desse policial e o atuava em flagrante delito’. No mesmo momento pulei lá fora e respondi: Minha arma está na cintura, venha tomá-la. Ele por acaso veio?

Logo em seguida Dr. Francisco Esmone que era Diretor Geral da Policia, soube de todo ocorrido e foi até a Central onde conversou com o delegado Lacerda, dizendo ao mesmo: ‘Faça o trabalho de moto  que não prejudique o policial Norberto, porque bandido é bandido e policial é policial’. Esse gesto dele Esmone, foi para mim muito marcante e até hoje nutro uma profunda admiração e respeito pelo mesmo. Enfim, o bandido se salvou, ficou bom e continuou sua vida de crimes e, acredito que deva estar preso até hoje ou foragido e, esse mesmo elemento depois do citado episódio, nunca mais correu de mim quando íamos procurá-lo em outras oportunidades.

 

 

    

 

 

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