Candidato derrotado do PSDB à presidência, Aécio Neves diz que “a candidata Dilma estaria envergonhada da presidente Dilma” por ter aumentado os juros, admitido inflação e se preparar para revisar a meta de superávit fiscal depois das eleições; “Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História”.
Por Orlando Brito
Candidato derrotado do PSDB à presidência, Aécio Neves diz que “a candidata Dilma estaria envergonhada da presidente Dilma” por ter aumentado os juros, admitido inflação e se preparar para revisar a meta de superávit fiscal depois das eleições; “Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História”, dispara senador; segundo ele, “a oposição sai extremamente revigorada da eleição” e, pela primeira vez, diz o tucano, está “conectada com a sociedade”; sobre 2018, afirma que “antecipar uma divisão no PSDB hoje é uma bobagem. Não tenho obsessão de ser candidato a presidente”
247 – Ao comentar a entrevista da presidente Dilma Rousseff a jornalistas da mídia impressa no Palácio do Planalto no final da semana, o candidato derrotado do PSDB à presidência, Aécio Neves, diz que “a candidata Dilma estaria envergonhada da presidente Dilma”. Isso por ter aumentado os juros – depois de ter dito na campanha que isso era “tirar comida da mesa dos pobres” – admitido inflação e se preparar para revisar a meta do superávit fiscal, além do resultado ruim nas contas públicas.
“Estamos assistindo ao maior estelionato eleitoral da História”, afirma, em entrevista concedida ao jornal O Globo. O próximo mandato, segundo ele, “já começa envelhecido”. “A presidente não se acha no dever de sequer sinalizar como será a política econômica”. O senador tucano conta colocar a cabeça no travesseiro e dormir com a “consciência tranquila”, depois de ter feito uma campanha “falando a verdade”. “Não sei se a candidata eleita pode fazer o mesmo”, acrescentou.
Segundo ele, “a oposição sai extremamente revigorada da eleição” e, pela primeira vez, está “conectada com a sociedade”, afirma. Aécio anuncia a criação de dez grupos, de dez áreas específicas, “para acompanhar as ações do governo. Comparar compromissos da campanha com o que acontece em cada área”. Sobre a CPI da Petrobras, garante que irá “às últimas consequências nessas investigações” e afirma que, “se alguém pensou em algum acordo, e no caso do deputado Carlos Sampaio ele foi ingenuamente levado a isso, será corrigido”.
Questionado sobre as eleições de 2018, ressalta não ter “obsessão” em ser candidato. Após a derrota de Aécio, o nome do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, começou a ser cotado no partido como futuro presidenciável. “Antecipar uma divisão no PSDB hoje é uma bobagem. Não tenho obsessão em ser candidato a presidente (…). Lá na frente, o candidato será aquele que tiver melhores condições de vencer”, diz.