O auditor do Tribunal de Contas da União, Antonio Carlos Costa D`ávila, também foi ouvido. O depoimento dele teve início às 21h45. Ao ser questionado pelo senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), afirmou que não houve mudança de entendimento do TCU, como afirmam os aliados de Dilma, em relação às suplementações orçamentárias e as chamadas pedaladas fiscais.
“Não tenho conhecimento de mudança de entendimento. O que ocorreu em 2014 e 2015 é algo inédito. Bancos públicos foram utilizados para financiar políticas públicas em desacordo com o que diz o artigo 36 da Lei de Responsabilidade Fiscal.”
A sessão do julgamento do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff no Senado foi retomada às 19h desta quinta-feira (25/8). Antes do auditor Antonio Carlos ser questionado, foi a vez do procurador do TCU Julio Marcelo de Oliveira ser ouvido.
“É impossível que Dilma não soubesse das pedaladas”, disse Julio, que foi declarado suspeito e não pôde depor como testemunha, mas sim como informante. De acordo com a defesa, Julio é um militante a favor do impeachment e, por ser membro do Ministério Público, não poderia emitir opinião política.
Isto porque, de acordo com o presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, Júlio Marcelo confessou, no plenário do Senado, ter participado de um ato em frente ao Tribunal de Contas da União (TCU) pela rejeição das contas presidenciais. O procurador admitiu a participação no evento a partir de questionamentos do PT, principalmente da senadora Gleisi Hoffman (PR). “A meu ver, Vossa Excelência confessou participação nesse ato”, disse Lewandowski hoje.