José Eduardo Cardozo afirma que tomou a decisão de deixar o Ministério da Justiça por “desgaste pessoal e político” e admite que setores de seu partido, o PT, pediram que ele atuasse para “melhorar a atuação” da Polícia Federal; “O Brasil está pouco ambientado com a dimensão de uma atuação institucional republicana”, disse; ele nega, no entanto, ter sofrido “pressão direta” do ex-presidente Lula para sair do ministério e disse que não há risco de a Operação Lava Jato ter qualquer tipo de interferência política; sobre o novo ministro, Wellington César, afirmou que “agirá dentro dos padrões que têm caracterizado minha conduta”
247 – Logo após deixar o Ministério da Justiça, depois de mais de cinco anos no comando, José Eduardo Cardozo afirma que tomou a decisão por “desgaste pessoal e político” e admite que setores de seu partido, o PT, pediram que ele atuasse para “melhorar a atuação” da Polícia Federal.
“O Brasil está pouco ambientado com a dimensão de uma atuação institucional republicana. As pessoas sempre acham que, por força da PF estar vinculada ao Ministério da Justiça, tudo é uma ação política, quando não é”, disse ele, em entrevista à ‘Folha de S. Paulo’.
Cardozo nega, no entanto, ter sofrido “pressão direta” do ex-presidente Lula para sair do ministério e disse que não há risco de a Operação Lava Jato ter qualquer tipo de interferência política.
“A Polícia Federal mudou muito nos governos Lula e Dilma. Nós não criamos situações de engavetamentos, não nomeamos pessoas que paralisam investigações, ao mesmo tempo em que agimos quando temo desmandos e irregularidades”, disse – embora reconheça que Dilma já se irritou algumas vezes com vazamentos ilegais.
Sobre o novo ministro, Wellington César, afirmou que “agirá dentro dos padrões que têm caracterizado minha conduta”