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Representante do pensamento conservador na mídia, Rachel Sheherazade perdeu espaço privilegiado no SBT Brasil, onde fazia comentários considerados polêmicos.
Hoje, ela lê os textos gerados no teleprompter e praticamente não emite opiniões. Desde que a direção da emissora impôs essa condição, o telejornal deixou de repercutir na imprensa.
Sheherazade continua sua cruzada particular contra a esquerda num blog, no Twitter e ao microfone do Jornal da Manhã na Rádio Jovem Pan.
Em novembro, ela lançará o primeiro livro, ‘O Brasil Tem Cura’, pela editora Mundo Cristão. Em 144 páginas, a âncora analisa problemas políticos e sociais do país e indica possíveis soluções.
No site da editora existe a seguinte definição: ‘Uma obra contundente que revisita importantes momentos políticos de nossa história e resgata temas e valores como justiça, segurança, respeito, cidadania, patriotismo e ética, bens que, segundo ela, tornam uma pátria um lugar digno de viver’.
“O Brasil convalescente precisa de cura, libertação e restauração. E, acredite, a salvação deste país depende, também, de você. Desejo que este livro o ajude a renovar suas esperanças no Brasil e o inspire a ser um agente de transformação, a começar por seu exemplo pessoal, ao converter pensamentos em palavras, palavras em ações e ações em revolução”, escreve Sheherazade.
O prefácio de ‘O Brasil Tem Cura’ é do historiador e comentarista do Jornal da Cultura Marco Antonio Villa, emblemático crítico do PT, da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula, por quem está sendo processado por críticas feitas na TV. Sheherazade e Villa são colegas de microfone na Jovem Pan.
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“A obra se guia pelo pressuposto de que o país só será passado a limpo se cada brasileiro fizer a sua parte e passar a agir com integridade inegociável, ensinando essa postura às futuras gerações. O Brasil tem cura é uma reflexão criativa e pessoal sobre a conjuntura complexa que vive o nosso país”, escreve Villa, classificando o livro como ‘corajoso e propositivo’.
Os desafetos de Rachel Sheherazade — e são muitos — certamente vão acusá-la de interpretar os problemas do Brasil, e indicar as tais ‘libertação e restauração’, baseada nos preceitos de sua fé evangélica e da ideologia antipetista.
Confrontos à parte, o livro suscitará discussões sobre os rumos do país — e essa consequência é sempre positiva, especialmente num momento tão complexo da vida política brasileira.
Terra