Conheça Tayanne, a ex-ginasta que virou policial federal para “caçar corruptos”

WhatsApp
Facebook
Twitter

Ela foi atleta em duas olimpíadas e nos últimos tempos torce para que seus companheiros investiguem para valer a corrupção que assola o esporte nacional.

Tayanne em ação no Pan de 2003. Imagem: REUTERS/Peter Jones
Corpo de espiã, com flexibilidade para passar no meio de feixes de raios infra-vermelhos, saltitando para entrar em um esconderijo e não disparar o alarme. Muito bonita também. E, acreditem, está na Policia Federal e, pelo menos uma vez por mês, sai em missões pelo Brasil.

Ela foi atleta em duas olimpíadas e nos últimos tempos torce para que seus companheiros investiguem para valer a corrupção que assola o esporte nacional.“Infelizmente se fizermos uma limpa no esporte brasileiro, vamos encontrar muita coisa.”

Essa personagem não é de histórias em quadrinhos. Não é uma agente secreta, mas existe e tem nome: Tayanne Mantovaneli, atleta da ginástica rítmica nos Jogos Olímpicos de Atenas e Pequim, que agora ocupa o cargo de escrivã da Polícia Federal, em Cuiabá.

Ela sabe muito bem que o esporte nacional não anda de mãos dadas com a transparência. “A corrupção se entranha em todos os lugares onde há dinheiro público e o esporte não é diferente”, admite a menina, formada em direito, que prestou concursos e mais concursos após abandonar a carreira de ginasta, em 2009.

Ela era uma das estrelas da equipe brasileira e tem uma inédita medalha de bronze pan-americana, conquistada na prova de maças, em Santo Domingo, no ano de 2003: foi a primeira atleta nacional a subir ao pódio em uma competição individual de GRD. E era mesmo um espetáculo ver os movimentos sinuosos que fazia com seu corpo elástico.

“Eu terminei minha carreira muito bem resolvida. Sinto saudades, mas é um saudosismo bom”. Tanto é verdade que comprou ingressos para assistir as competições das ginastas no Rio de Janeiro, onde vai rever sua técnica lá de Vila Velha, a amiga Mônica Queiroz. Mas vai ficar lá só três dias.

“Eu poderia trabalhar nos Jogos Olímpicos na parte de segurança, mas tenho provas e novos cursos a fazer, então resolvi permanecer em Cuiabá, mas com o coração doendo, porque a maioria dos meus companheiros da Polícia estará lá em missão”, conta Tayanne, hoje com 29 anos. “Inclusive o meu namorado, que também é policial, estará lá”.

O amado curte os filmes de ação, investigação e espionagem. E ela aprendeu a gostar também. “Não tenho um dia-a-dia de agente especial, seria mais uma burocrata investigativa, mas a parte de academia é puxada e o meu passado no esporte ajuda muito”. E é preciso estar mesmo em forma.

“Não é toda hora, mas ao menos uma vez por mês eu saio em ação. Teve uma vez em que tive até que pular muros para cumprir um mandado em outro Estado da Federação”. Na Lava-Jato especificamente não trabalhou, mas em ramificações da investigação matogrossense chegou a atuar. Só não pode citar nomes…

Espera, sinceramente, um dia poder investigar e mostrar tudo o que aconteceu nos subterrâneos das obras olímpicas. “Poderiam ter desenvolvido o potencial esportivo dos atletas, mas acredito que poucos tiveram esse privilégio… com certeza o dinheiro foi aplicado de maneira errada… tirando uma ou outra modalidade, os atletas foram esquecidos mais uma vez”.

Como vocês, nós também gostaríamos de ver uma foto da policial Tayanne em ação. Mas as regras da corporação ensinam que a publicidade não é recomendável. E não somos nós que vamos discutir com a Polícia Federal.

UOL

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias

Screenshot_20250511_075233_WhatsApp
Salve o Dia das Mães
Screenshot_20250510_164254_Facebook
Luto - Heloisa Brasil da Silva
Screenshot_20250416_120604_Facebook
Luto - Paulo Afonso Ferreira
IMG-20250410-WA0078
Feijoada beneficente na Sede do Sinpetro
Screenshot_20250210_151638_WhatsApp
Hoje é o aniversario do nosso colega Francisco Airton Martins Procópio
Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20241208_210649_WhatsApp
Luto - David Barroso de Souza
Screenshot_20241010_083144_WhatsApp
Nesta sexta-feira, café da manhã no Sinpfetro
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
Screenshot_20240916_193205_Gallery
Luto - Mauro Gomes de Souza

Últimas do Acervo

Screenshot_20250510_164254_Facebook
Luto - Heloisa Brasil da Silva
Screenshot_20250416_120604_Facebook
Luto - Paulo Afonso Ferreira
Screenshot_20250317_110142_Chrome
Luto - Morre o Cel. Walnir Ferro
Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
FB_IMG_1740562478358
HOMENAGEM "POST MORTEM" AO DR. JOSÉ ADELINO DA SILVA.
Screenshot_20250114_065730_Chrome
Quatro anos do falecimento do colega José Rodrigues Sicsu
Screenshot_20250111_050851_Gallery
Dois anos do falecimento do colega Dativo Francisco França Filho
Screenshot_20250103_061531_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega José Jorio Ismael da Costa
Screenshot_20250102_064454_Chrome
Um ano do falecimento do colega André Luiz Otto Barbosa

Conte sua história

Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular