Delegado Igor Romário de Paula afirma que “muito provavelmente” as doações da Camargo Correa ao Instituto Lula serão objeto de uma nova investigação da Polícia Federal, para apurar motivo e origem dos recursos transferidos; entidade recebeu R$ 3 milhões; as duas partes alegam que as contribuições referem-se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente no exterior; no âmbito da Lava Jato, a empreiteira é investigada pelo pagamento de propina por contratos públicos – esquema foi admitido pelos ex-executivos Eduardo Leite e Dalton Avancini, em acordo de delação premiada; construtora Camargo Corrêa também foi uma das 12 empresas brasileiras e estrangeiras que doaram R$ 7 milhões ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a criação do instituto que leva seu nome
12 DE JUNHO DE 2015 ÀS 05:35
247 – As doações feitas pela empreiteira Camargo Corrêa ao Instituto Lula devem ser alvo de um inquérito da Policia Federal. É o que afirma o delegado Igor Romário de Paula.
A entidade recebeu R$ 3 milhões e mais R$ 1,5 milhão foram pagos para a LILS Palestras Eventos e Publicidade, de Luiz Inácio Lula da Silva, entre os anos de 2011 e 2013. O Instituto Lula informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que os valores registrados na contabilidade da Camargo Corrêa foram doados legalmente e que não existe relação entre a entidade e questões eleitorais. A Construtora disse que as contribuições referem-se a apoio institucional e ao patrocínio de palestras do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no exterior.
O delegado, no entanto, afirma que “muito provavelmente” as doações serão objeto de uma nova investigação, para apurar motivo e origem dos recursos transferidos.
Na Lava Jato, a Camargo Correa é investigada pelo pagamento de propina por contratos públicos. O esquema foi admitido pelos ex-executivos da empreiteira, Eduardo Leite e Dalton Avancini, em acordo de delação premiada.
O caso também foi parar na CPI da Petrobras. O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), aprovou nesta quinta (11) requerimentos para convocar o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, e o tesoureiro da campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010, José de Filippi Júnior.
Construtora Camargo Corrêa também foi uma das 12 empresas brasileiras e estrangeiras que doaram R$ 7 milhões ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso para a criação do instituto que leva seu nome.