A categoria decidiu reagir ao governo Bolsonaro, que não cumpriu a promessa de reajustar os salários dos profissionais da área
atualizado 04/05/2022 11:21
Metrópoles
Reprodução
As propostas foram aprovadas em assembleias realizadas na segunda-feira (2/5) e terça-feira (3/5). O calendário de greves será definido entre os delegados e as demais categorias da Polícia Federal. Mais tarde, a Federação Nacional dos Policiais Federal (Fenapef) entrou em contato com a reportagem e afirmou não ter participado da assembleia nem aprovado a paralisação.
De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assuntoFábio Vieira/Metrópoles
O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planosHugo Barreto/Metrópoles
O aumento salarial para a área da segurança partiu de uma demanda do próprio presidenteGustavo Moreno/Especial Metrópoles
No fim de 2021, antes da votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA), o Ministério da Economia enviou um ofício ao Congresso Nacional pedindo que fossem reservados R$ 2,5 bilhões para reajustes salariais em 2022Thiago S. Araújo/Especial para o Metrópoles
No entanto, o orçamento enviado só prevê correção salarial para a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)Matheus Veloso/Especial Metrópoles
Como consequência, servidores da Receita Federal e do Banco Central começaram a entregar cargos, em protestoMarcelo Camargo/Agência Brasil
Além disso, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate), composto por mais de 30 categorias, programou para 18 de janeiro o Dia Nacional de Mobilização. A intenção é pressionar o governo a conceder reajuste para todos os servidoresMorsa Images/ Getty Images
Sem resposta, servidores públicos de mais de 40 órgãos federais realizaram, no dia 18 de janeiro, protestos em frente ao Banco Central e ao Ministério da Economia, em Brasília, cobrando por reajustes com base na correção da inflaçãoMmeEmil / Getty Images
Em meio à repercussão, Bolsonaro chegou a afirmar que todos os servidores merecem aumento. Contudo, em nenhum momento especificou se outras categorias, além da segurança pública, receberiam o reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles
A pressão do funcionalismo público por aumento salarial tem preocupado a equipe econômica. O ministro Paulo Guedes, no entanto, não esconde que é contra qualquer reajusteRafaela Felicciano/Metrópoles
De acordo com Guedes, o governo precisa “ficar firme”. “Sem isso, é como Brumadinho: pequenos vazamentos sucessivos, até explodir a barragem e todos morrerem na lama”, disse o ministro sobre o assuntoFábio Vieira/Metrópoles
O governo Bolsonaro vive período conturbado com alguns servidores públicos. Tudo começou depois que foi anunciado reajuste salarial para policiais, mas o aumento financeiro de outras categorias ficou de fora dos planosHugo Barreto/Metrópoles
Em relação a Torres, a associação aponta que, “pelo desprestígio e desrespeitoso tratamento dado pelo presidente da República à Polícia Federal e ao próprio ministro”, ele será pressionado a renunciar. Ficou decidido ainda que policiais federais poderão entregar seus cargos de chefia e recusar convites para assumir novos postos.
“É importante destacar que a segurança pública foi a maior bandeira de campanha do governo Bolsonaro e o destacado trabalho das forças de segurança vem sendo utilizado, indevidamente, pelo presidente como instrumento de marketing para a sua reeleição”, diz nota da ADPF.
Bolsonaro havia garantido a reestruturação da PF e, por isso, os policiais tinham a expectativa de receber um um reajuste salarial entre 16% e 20% para recompor as perdas inflacionárias dos últimos anos. No entanto, agora, o Executivo sinaliza que a promessa não será cumprida.