Dirigentes da Odebrecht confirmam que obras no sítio foram propina para Lula

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Cúpula da empreiteira conta como subornou o ex-presidente

O sítio de Lula, em Atibaia: propina da Odebrecht por meio das obras de reforma.

E depoimento à juíza federal substituta Gabriela Hardt nesta quarta-feira (7), em Curitiba, a cúpula corruptora da Odebrecht (o ex-diretor Alexandrino de Salles Ramos de Alencar, o ex-presidente da empreiteira Marcelo Odebrecht e o pai dele, Emílio) confirmaram que as obras de reforma do sítio de Atibaia (SP), de propriedade de Lula, foram em “retribuição” aos “favores” prestados ao grupo pelo então presidente Lula, hoje presidiário cumprindo pena de 12 anos e 1 mês de cadeia no âmbito da Operação Lava Jato.

O processo tratam de pagamento de propina ao ex-presidente Lula paga por empresas fornecedoras do governo, como a OAS e a Odebrecht, por meio de reformas e decoração em um sítio em Atibaia (SP), em troca de favorecimento em contratos com a Petrobras. As obras começaram no sítio quando Lula ainda era presidente.

Os depoimentos
Alexandrino Alencar, que era destacado para atender as demandas do ex-presidente e o acompanhava em viagens no jatinho da empreiteira, disse em seu depoimento que as obras no sítio foram feitas a pedido da ex-primeira dama Marisa Letícia, que queria “presentear” Lula quando ele deixasse a presidência.

O ex-executivo afirmou que levou o pedido a Emílio Odebrecht, que autorizou a reforma no sítio. “Emílio disse: ‘não, lógico. Eu acho que nós temos uma retribuição a isso, a tudo que o presidente fez pela organização‘”. Alexandrino também contou que depois da reforma concluída foi até o escritório do advogado Roberto Teixeira, amigo de Lula, para regularizar a situação da obra.

Já Marcelo Odebrecht afirmou que soube das obras no sítio quando já estavam em andamento, e que se manifestou contrário.

“Seria a primeira vez que a gente estaria fazendo uma coisa pessoal para presidente Lula. Até então, por exemplo, tinha tido o caso do terreno do instituto, bem ou mal, era para o Instituto Lula, não era pra pessoa física dele”, disse, explicando o seu temor diante da dificuldade em manter em sigilo. Segundo ele, o risco de vazamento “era enorme”, com tantas pessoas já trabalhando na obra.

Marcelo relatou que a decisão de pagar as obras no sítio foi do pai dele, Emílio, e as despesas abatidas na planilha italiano, que era gerenciada pelo então ministro Antonio Palocci, e contabilizava propinas destinadas ao PT. “Eu até combinei com o Palocci. Vamos fazer aqui um débito na planilha italiano de R$ 15 milhões, eu e você, que é para atender esses pedidos que nem eu e você ficamos sabendo que Lula e meu pai acertam”, afirmou.

Marcelo citou os e-mails encontrados em seu computador pessoal, entregues à Justiça. O ex-presidente da Odebrecht disse ao advogado de Lula, Cristiano Zanin, que as mensagens provam o que ele disse na delação: “O que, por exemplo, complicou muito a vida do seu cliente não foi nem meus relatos, foram os e-mails”.

Emílio Odebrecht, em seu depoimento, voltou a falar sobre a relação com o ex-presidente Lula e sobre contribuições de campanha ao PT.

Sobre o sítio, reafirmou que o pedido da reforma foi feito por Marisa Letícia. “O Alexandrino me trouxe [o pedido]”.

A juíza questionou se ela tinha liberdade em pedir uma reforma de “valor considerável” por saber da relação entre Emílio e o ex-presidente.

Diariodopoder.com.br

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