Frase teria sido dita por João Roberto Marinho, um dos três sócios majoritários do Grupo Globo, num encontro de quase duas horas com senadores petistas; na reunião, ele teria afirmado que o sucessor da presidente Dilma Rousseff será quem vencer as eleições em 2018; na semana passada, um importante editorial do jornal O Globo também condenou as manobras do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) pelo impeachment; guinada editorial da família Marinho será um novo fator de estabilidade no País?
247 – O site Diário do Centro Mundo relata encontro ocorrido na última-quarta-feira entre João Roberto Marinho, um dos três sócios do grupo Globo, e senadores petistas. Nele, Marinho teria se comprometido com a estabilidade institucional. Confira abaixo:
João Roberto Marinho pediu encontro com os senadores do PT, na última quarta-feira.
Dos 13, nove aceitaram.
Durou quase duas horas. Ele abriu, dizendo-se muito preocupado com as “maluquices” de Eduardo Cunha na Câmara, que não comprometem apenas o próximo governo, mas o futuro do País; afirmou, ainda, que o que ele defende é que Dilma seja sucedida por quem ganhar as eleições de 2018, ou seja, impeachment, não.
Durante todo o tempo, escutou as queixas dos senadores, um por um, sobre a parcialidade, os dois pesos, duas medidas, as abordagens dos repórteres querendo declarações que apenas preencham a verdade que já está pré-estabelecida, a repercussão nula do que os governos Lula e Dilma fizeram pelo Brasil.
Recados que foram dados a ele: 1) não mexam com Lula (todos estavam ainda muito mordidos com a charge do Chico do dia anterior (“agora só falta você”), pois o Brasil pode pegar fogo e eles não vão ser bombeiros; na mesma direção, não temos controle sobre nossa base social e é imprevisível a reação que se virá ante uma hipotética prisão de Lula.
Ele pediu desculpas, “ou os senhores estão enganados, ou nós estamos errando feio”, comprometendo-se a levar a avaliação geral dos senadores para os editores.
Disse ainda que, realmente, a cumplicidade entre jornalistas e procuradores de Curitiba, hoje, representa um fator de instabilidade, mas jogou a culpa no PT, “que deu início a essa parceria”. Ao final, pediu para o governo controlar sua base na Câmara.