Karime Xavier: S�O PAULO, SP – 20.05.2013: FHC/PALESTRA/EXECUTIVOS/SP – O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso d� palestra para executivos da Thomson Reuters no hotel Unique, na avenida Brigadeiro Lu�s Ant�nio, na zona sul da capital paulista, nesta segunda-feira. (F
Ex-presidente defende que “ou há uma regeneração ‘por dentro‘, governo e partidos reagem e alteram o que se sabe que deve ser alterado nas leis eleitorais e partidárias, ou a mudança virá ‘de fora‘. No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais”; ao criticar as ações econômicas do governo petista, Fernando Henrique chama a presidente Dilma Rousseff de “mandona”, prevê que estamos perdendo o “rumo da história” e afirma que se deve haver “uma profunda revisão do sistema político”; tucano diz temer que “a liderança nacional” não perceba que “a crise que se avizinha não é corriqueira”
247 – Em artigo em que chama a presidente Dilma Rousseff de “mandona” e pede punição aos “mais altos hierarcas”, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso faz duras críticas às políticas econômicos do governo petista, uma forma, segundo ele, de “procurar soluções”.
FHC teme “havermos perdido o rumo da história” e ainda “o fato da liderança nacional não perceber que a crise que se avizinha não é corriqueira”. Para o tucano, o governo não se atentou às mudanças da política energética dos Estados Unidos e investiu no pré-sal, o que define como uma aposta “cara”.
“Agora todos lamentam a crise energética, a falta de competitividade da indústria manufatureira e a alta dos juros, consequência inevitável do desmando das contas públicas e do descaso com as metas de inflação”, diz o antecessor de Lula, que afirma se preocupar “com as dificuldades que o povo enfrentará e com a perda de oportunidades históricas”.
FHC destaca ainda a necessidade de “uma profunda revisão do sistema político e mais especificamente do sistema partidário e eleitoral”. E pede que “não se ponham obstáculos insuperáveis” à Justiça, e “que tenham a ousadia de chegar até aos mais altos hierarcas, desde que efetivamente culpados”.
“Daí minha insistência: ou há uma regeneração ‘por dentro‘, governo e partidos reagem e alteram o que se sabe que deve ser alterado nas leis eleitorais e partidárias, ou a mudança virá ‘de fora‘. No passado, seriam golpes militares. Não é o caso, não é desejável nem se veem sinais”, afirma o ex-presidente.