GILMAR MENDES MANDA SOLTAR PAULO VIEIRA, OPERADOR DO PSDB
ELE É SUSPEITO DE PARTICIPAR DE DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO
PAULO PRETO FOI PRESO PELA POLÍCIA FEDERAL NO DIA 6 DE ABRIL FOTO: GERALDO MAGELA/ AGÊNCIA SENADO
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, mandou soltar Paulo Vieira de Souza, mais conhecido como Paulo Preto, ex-diretor da Dersa, empresa paulista de infraestrutura rodoviária, e apontado como operador do PSDB. “Defiro a medida liminar para suspender a eficácia do decreto de prisão preventiva de Paulo Vieira de Souza, o qual deverá ser posto em liberdade, se por outro motivo não estiver preso”. Ele foi preso pela Polícia Federal em 6 de abril.
Paulo Preto é suspeito de ter participação no desvio de recursos públicos em obras como do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê, na região metropolitana de São Paulo, entre os anos de 2009 e 2011, durante os governos dos tucanos, José Serra, Alberto Goldmann e Geraldo Alckmin.
Segundo denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Paulo Preto comandou um esquema de corrupção que desviou recursos de obras públicas em São Paulo, entre os anos de 2009 e 2011, durante governos do PSDB.
Paulo Vieira de Souza teria desviado recursos, em dinheiro e em imóveis, no total à época de R$ 7,7 milhões. A denúncia foi feita após o Ministério Público Estadual de São Paulo começar uma investigação dos desvios de apartamentos e de pagamentos de indenizações. Durante as apurações, a Promotoria da Suíça apontou que o ex-diretor da Dersa mantinha o equivalente a R$ 113 milhões em contas fora do país.
Os documentos suíços mostram que o dinheiro estava em quatro contas, abertas em 2007, por uma offshore sediada no Panamá, que tinha Paulo Vieira de Souza como beneficiário. O montante foi transferido da Suíça para um banco nas Bahamas.
Além do mandado de prisão preventiva, a Justiça Federal determinou o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência do ex-diretor. Além de Paulo Vieira de Souza, outras quatro pessoas também foram denunciadas pelo MPF por formação de quadrilha e apropriação de recursos públicos, mas não há mandados de prisão para os outros envolvidos.