Ministro da Economia disse que reajuste linear para todos os servidores federais deve ser anunciado em breve
atualizado 22/04/2022 15:25
Rafaela Felicciano/Metrópoles
Em entrevista coletiva concedida nos Estados Unidos, onde cumpre agenda nesta semana, Guedes disse que o anúncio sobre o aumento deve sair “em breve” e não quis bater o martelo, mas citou o dia 1º de julho como um exemplo.
“O pleito [dos servidores por reajuste] num ano eleitoral não pode ser satisfeito com facilidade, porque isso é visto, pela lei eleitoral, como se fosse favorecimento específico a uma categoria e portanto uma tentativa de buscar votos numa categoria específica”, afirmou Guedes. “O que a lei eleitoral permite é que haja aumentos lineares, não diferenciados, e que possam tratar apenas da reposição no ano”, explicou ele, para justificar o percentual que o governo deve oferecer, mas que está sendo considerado baixo por muitos sindicatos.
“Não pode dar aumento de 40% porque está há três anos atrasado. O que pode é pegar a inflação acumulada naquele período do ano. Então, se der [aumento] em 1º de julho, pode dar até o limite daquele número da inflação, que deve ser 5%”, disse Guedes.
“Só 1,7 bilhão este ano e não quase R$ 6 bilhões [que custará o aumento linear]; que serão R$ 12 bilhões ano que vem. Politicamente, seria até melhor para o presidente, ele atenderia o desejo dele, seria mais barato para a economia, mas não seria eleitoralmente factível”, concluiu o ministro.
Paulo Guedes se convenceu há pouco tempo da viabilidade de um reajuste linear para o funcionalismo. No último dia 7 de abril, ele previu, em fala a investidores, um cenário péssimo para a economia.