. Presidenta Dilma Rousseff durante entrevista à TV France 24. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR.</p>
“Na Câmara, Dilma teria uma situação mais confortável do que o presidente da Casa, Eduardo Cunha. Motivo: para que um eventual processo de impedimento da petista seja aberto na Câmara, a oposição precisa obter de 66% (dois terços) dos 513 deputados, o que equivale a 342 votos. Segundo o levantamento do Datafolha, apenas 39% dos parlamentares entrevistados pelo instituto seriam favoráveis hoje à abertura do processo”, diz o jornalista Kennedy Alencar
247 – O jornalista Kennedy Alencar, comentarista político do SBT, avalia que, hoje, a presidente Dilma Rousseff teria votos no Congresso Nacional para barrar eventual processo de impeachment. Confira abaixo:
Governo avalia que teria hoje voto para barrar impeachment
O governo acredita que teria votos hoje para barrar na Câmara a eventual abertura de um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff. Essa avaliação foi feita por articuladores políticos que analisaram os resultados de recente pesquisa Datafolha com deputados federais.
Na Câmara, Dilma teria uma situação mais confortável do que o presidente da Casa, Eduardo Cunha. Motivo: para que um eventual processo de impedimento da petista seja aberto na Câmara, a oposição precisa obter de 66% (dois terços) dos 513 deputados, o que equivale a 342 votos. Segundo o levantamento do Datafolha, apenas 39% dos parlamentares entrevistados pelo instituto seriam favoráveis hoje à abertura do processo.
O problema é que, se Cunha aceitar um pedido de impeachment, haverá pressão de parte da opinião pública para que os deputados votem contra a presidente.
Nesse contexto, o governo trabalha em duas frentes. Deputados do PT devem recorrer ao STF (Supremo Tribunal Federal) contra uma eventual decisão de Cunha neste sentido. Ao mesmo tempo, os articuladores políticos do governo dizem que hoje que teriam votos para vencer uma votação sobre esse tema na Câmara.
No entanto, pressão de parte da opinião pública é um fator que traz riscos para votações na Câmara da eventual cassação do mandato de Eduardo Cunha ou de um pedido de abertura de impeachment da presidente.
A leitura da pesquisa Datafolha é mais negativa para o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Se for a votação em plenário uma recomendação de cassação de mandato do peemedebista, a tendência é que ela seja aprovada pelos deputados. Diante da gravidade das acusações e da pressão de parte da opinião pública, Cunha provavelmente seria punido.
Por isso, interessa ao peemedebista ganhar tempo, esticando todas as etapas do processo que começará a tramitar para valer na semana que vem no Conselho de Ética da Câmara.
Outra arma de defesa do presidente da Câmara é o poder de barganhar com governo e oposição porque pode detonar a abertura de um processo de impeachment de Dilma.