O ex-diretor da área Internacional da Petrobras foi condenado nesta terça-feira 26 pelo juiz Sérgio Moro a cinco anos de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro cometido dentro do esquema investigado pela operação Lava Jato; além da pena, Cerveró teve confiscado um apartamento de R$ 1,5 milhão no Rio de Janeiro, cujo valor será revertido para o patrimônio da Petrobras; o advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que irá recorrer da decisão; “Eu apresentei as alegações finais do caso ontem (25) à noite e ele já deu a sentença? Claro que vamos recorrer”, disse
Paraná 247 – O ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró foi condenado nesta terça-feira 26, a cinco anos de prisão em regime fechado pelo crime de lavagem de dinheiro cometido dentro do esquema investigado pela operação Lava Jato.
Além da pena, Cerveró teve um apartamento confiscado no Rio de Janeiro comprado por R$ 1,5 milhão. O advogado de Cerveró, Edson Ribeiro, disse que irá recorrer da decisão. Cerveró sempre negou participação no esquema.
O processo no qual Cerveró foi condenado foi movido pelo Ministério Público Federal (MPF) que o acusava de ter cometido o crime de lavagem de dinheiro na compra de um imóvel no Rio de Janeiro. Segundo o MPF, o apartamento foi comprado com dinheiro oriundo do esquema investigado pela operação Lava Jato.
Segundo a sentença dada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo caso, o tempo em que Cerveró permaneceu detido deverá ser descontado de sua sentença de cinco anos de reclusão. Moro também determinou que o imóvel confiscado seja, posteriormente, revertido para o patrimônio da Petrobras.
O advogado Edson Ribeiro se disse surpreso com a rapidez com que o juiz federal Sérgio Moro proferiu sua sentença. “Eu apresentei as alegações finais do caso ontem (25) à noite e ele já deu a sentença? Claro que vamos recorrer”, disse Ribeiro.
Segundo as investigações do Ministério Público Federal, Cerveró teria sido indicado para a diretoria da Petrobras pelo PMDB e faria parte do esquema de desvio de recursos da Petrobras. Ele atuaria juntamente com o lobista Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano, que também está preso.
Apesar de negar participação no esquema, documentos mostram que Fernando Baiano visitou Cerveró 72 vezes na sede da Petrobras entre 2004 e 2008. Segundo as investigações, parte do dinheiro desviado por meio de contratos fraudulentos era repassada a partidos e políticos. Entre os partidos investigados estão o PT, PMDB e PP.