“O juiz Sergio Moro não tem provas nem indícios consistentes contra Pascowitch. Mandou prendê-lo para tentar arrancar dele uma delação premiada que incrimine o ex-ministro Dirceu e promova seu retorno à prisão”, afirma Tereza Cruvinel, em seu blog no 247; segundo ela, essa é a interpretação da defesa de Dirceu, que foi contratado pela Engevix, por meio da empresa de Milton Pascowitch, para consultoria de prospecção de negócios no Peru; “A prisão prolongada nas celas da Polícia Federal em Curitiba quebrou a resistência de empreiteiros que acabaram fazendo as delações para obter a liberdade. A mesma aposta é feita agora em relação a Pascowitch, mirando Dirceu”, comenta a jornalista
Por Tereza Cruvinel
O comando da Operação Lava Jato determinou a prisão de Milton Pascowitch alegando que ele poderia fugir e que, como operador da Engevix, fez pagamentos a José Dirceu que poderiam ser originários de propinas e constituir elo com o PT. O juiz Sergio Moro não tem provas nem indícios consistentes contra Pascowitch. Mandou prendê-lo para tentar arrancar dele uma delação premiada que incrimine o ex-ministro Dirceu e promova seu retorno à prisão.
Esta é a convicção da defesa de Dirceu, que hoje em nota afirmou não existir qualquer vínculo entre os pagamentos feitos a Dirceu e o esquema do cartel que atuava na Petrobrás. Dirceu foi contratado pela Engevix, através da empresa de Pascowitch, prestadora de serviços à empreiteira, para consultoria de prospecção de negócios no Peru. Dirceu tem relações históricas com o presidente peruano Alan Garcia e tinha trânsito em várias áreas de seu governo. Nesta condição, identificou várias oportunidades de negócios para a Engevix, que lá executou muitas obras públicas e privadas. Os pagamentos foram feitos através da empresa de Pascowitch.
A prisão prolongada nas celas da Polícia Federal em Curitiba quebrou a resistência de empreiteiros que acabaram fazendo as delações para obter a liberdade. A mesma aposta é feita agora em relação a Pascowitch, mirando Dirceu.