A defesa da mulher de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Claudia Cruz, enviou nesta segunda (7) manifestação ao Supremo Tribunal Federa contra pedido da Procuradoria-Geral da República para que seja investigada pelo juiz Sergio Moro, que comanda as investigações da Lava Jato no Paraná; o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou na sexta a segunda denúncia contra o presidente da Câmara por suspeita de ligação com o esquema de corrupção da Petrobras, na qual pede que, como uma das quatro contas encontradas na Suíça está em nome de Claudia e tem uma das filhas do deputado, Danielle Dytz da Cunha, como beneficiária, a investigação sobre elas fique a cargo do juiz federal Sergio Moro
247 – A defesa da mulher de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Claudia Cruz, enviou nesta segunda-feira (7) manifestação ao Supremo Tribunal Federa contra pedido da Procuradoria-Geral da República para que seja investigada pelo juiz Sergio Moro, que comanda as investigações da Lava Jato no Paraná.
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou na sexta a segunda denúncia contra o presidente da Câmara por suspeita de ligação com o esquema de corrupção da Petrobras, na qual pede que, como uma das quatro contas encontradas na Suíça está em nome de Claudia e tem uma das filhas do deputado, Danielle Dytz da Cunha, como beneficiária, a investigação sobre elas fique a cargo do juiz federal Sergio Moro, em Curitiba, e não mais do STF. O ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato, terá que analisar o caso.
Esse desmembramento era um dos temores de Cunha nos bastidores, porque, sem o foro privilegiado no Supremo, é mais fácil na primeira instância a decretação de prisões cautelares.
A Procuradoria entendeu que é possível apurar se elas eventualmente cometeram crimes independente da ligação com Cunha porque elas tinham autonomia sobre as contas.
“A remessa da apuração da conduta da peticionante [Claudia] ao primeiro grau [Moro] exigiria uma duplicidade de esforços probatórios. Fatos como a licitude dos recursos do denunciado [Cunha], a regularidade das contas, e a compatibilidade dos gastos familiares com a renda podem ser todos demonstrados de uma única vez, em um único ato, de forma a aproveitar a toda a entidade familiar”, disse a defesa.
“Ora, se a alegada conta da peticionante [Claudia] seria o instrumento pelo qual o denunciado ocultou parte de seu patrimônio, e se seus gastos pessoais são indicativo de consumo familiar incompatível com a renda, inegável que a produção probatória referente a Eduardo Cunha aproveita a peticionante, seja para beneficiar, seja para agravar sua situação processual”, completou.