OS PRIMEIROS TESTES COM VOLUNTÁRIOS SADIOS DEVEM SER FEITOS A PARTIR DE AGOSTO (FOTO: ESTADÃO CONTEÚDO)
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Um novo estudo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) revelou que a substância fosfoetanolamina sintética não apresentou atividade em células tumorais em cobaias. Assim, a “pílula do câncer” teve sua eficácia no combate à doença mais uma vez contestada. Em março deste ano, a substância já tinha sido reprovada em testes in vitro.
De acordo com o estudo, o composto foi testado em dois tipos de câncer. O carcinossarcoma 256 de Walker foi analisado em ratos e o sarcoma 180, em camundongos. Ambos os grupos continham 45 animais, que receberam doses diárias da substância.
“Fizemos o teste com tumores de crescimento rápido para verificar se (a substância) tinha alguma atividade anticancerígena. O que a gente notou é que ela não mata as células tumorais”, explica Manoel Odorico de Moraes Filho, professor titular de Farmacologia Clínica da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará e um dos coordenadores do estudo do MCTI.
Apesar do resultado, Moraes Filho diz que não significa que a fosfoetanolamina sintética não tem atividade contra nenhum tipo de câncer. “Também só poderemos dizer que não tem efeito em humanos quando fizermos testes em pacientes com tumores. Tendo ou não esse efeito (de curar o câncer), é importante que os testes prossigam, pelo clamor público que a substância causou.”
Segundo o especialista, os primeiros testes com voluntários sadios devem ser feitos a partir de agosto. “Vamos verificar a toxicidade e, só depois, fazer com os portadores de câncer”, diz.