Pedro Marinho é Diretor de Imprensa do Sinpfetro
Já algum tempo algumas empresas que trabalham com previdência e seguro privado, vêm abusando da legislação e aproveitando o fato de servidores públicos solicitarem credito consignado, empurram no meio da papelada um seguro, fazendo assim uma operação casada que é proibida por lei.
O danado depois é para se livrar de tal seguro, pois mesmo ao terminar o pagamento de tal empréstimo, essas empresas continuam invadindo o contracheque do servidor indefinidamente descontando o ilegal o seguro. Um amigo da coluna teve dois seguros desses implantado no seu contracheque e mesmo depois do pagamento do empréstimo, vem tendo muita dificuldade para se livrar desses seguros, que jamais contratou em sã consciência.
Um outro amigo há cerca de quatro meses foi surpreendido com três seguros de uma seguradora do Sul do país, que conseguiu invadir a sua conta no Banco do Brasil e desde então vem fazendo descontos a cada fim do mês, quando entra o salario de tal pessoa, que sequer conhecia tal seguradora.
Já uma outra pessoa, que tem um cartão do Hiper Bompreço, recebeu um seguro do Banco Itaú, dizendo que fazia parte de uma fatura do tal Supermercado, em razão de o mesmo pela primeira depois de muitos anos, ter parcelado a sua fatura, tendo tal pessoa se recusado terminantemente a fazer tal seguro, pois se o Supermercado ofereceu tal possibilidade de parcelar o débito, logo se pressupõe ser ele um bom pagador, sem falar que já vem ai embutido um juro altíssimo e ainda querer empurrar um seguro é abusar demais da boa vontade do cliente.
Esta semana a esposa de um amigo meu, recebeu em casa um boleto da Seguradora HDI parabenizando a mesma pela contratação de um seguro, na bagatela de R$ 249,43, sem que jamais a mesma tenha feito tal seguro em toda sua vida. Danado é que todos nós sabemos que o governo tem um órgão, criado para fiscalizar essas empresas, mas ao que parece se trata apenas mais um cabide de empregos, pois as seguradoras estão deitando e rolando em cima das pessoas, principalmente sobre aqueles mais humildes, que não sabem e nem têm a quem reclamar.
Algum vai ter que dar um basta nessa bandalheira e já que nada se espera dos parlamentares que estão ai, a Justiça brasileira terá que fazê-lo, mais punindo essas empresas fora-da-lei com o devido rigor pecuniário, algo em torno de 50 salários mínimo, por cada operação casada. Como eles detestam perder dinheiro, logo nas primeiras sentenças recebidas, deixavam de agir assim, ferindo a lei de forma desavergonhada como fazem hoje, certos da impunidade ou eventualmente de sentenças bem leves.