O repto de Lula: ‘vão ter que me enfrentar na rua‘

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TEREZA CRUVINEL
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve da festa de 36 anos do Partido dos Trabalhadores, no Rio de Janeiro</p>
E o que pode fazer Lula?

O ex-presidente Lula lavou a alma em seu discurso-desabafo na festa de aniversário do PT, no sábado à noite no Rio. Defendeu-se das acusações, deu nome aos bois da grande mídia, denunciou o terror midiático que intimida até cortes superiores, admitiu ser candidato em 2018 e despediu-se do “Lulinha Paz e Amor”. Mas foi no finalzinho que incorporou o Lula de 2005, quando tentaram aprovar seu impeachment depois do mensalão.

Naquela época ele disse a mesma coisa num encontro com movimentos sociais, depois de afirmar numa reunião com empresários (Conselhão) que não renunciaria como Jânio, não seria deposto como Jango nem se mataria como Getúlio. Iria de casa em casa se fosse preciso denunciar qualquer tentativa de golpe. Na noite de sábado, ele voltou a desafiar seus adversários: “Vão ter que me enfrentar na rua”.

A disputa de 2018 ainda está longe, e até muita água vai rolar. Mas Lula anuciou uma resistência para agora, contra a cruzada que está curso contra ele, e o fez logo depois de anunciar que vão quebrar seus sigilos. Mas o quê exatamente fará Lula?

Uma pesquisa Datafolha informou neste final de semana que 58% dos entrevistados acreditam que ele recebeu favores de empreiteiras tanto no caso do sítio – cuja história ele contou, foi iniciativa de Jacob Bittar e amigos para lhe propiciar um refúgio – como no do “tríplex do Minha Casa Minha Vida, de 200 metros quadrados”, como disse ele, reiterando que as Organizações Globo e os procuradores insistem em dizer que ele possui o imóvel que não é dele.

Mas voltando aos 58%, com tal índice de “desconfiança” Lula terá condições de comandar um movimento em sua defesa? Em 2005, sua base social, que era fortíssima, lançou uma campanha que tinha como “slogan” a frase “Lula é meu amigo, mexeu com ele, meu comigo”. Será possível hoje reeditar algo parecido hoje? Nem o Datafolha pode dizer que sim ou que não. Os humores políticos estão muito voláteis, soprados o tempo todo pela força das manchetes. Mas Lula não perdeu completamente sua base social. Além dos movimentos sociais e sindicais, que já se posicionaram em sua defesa, ele ainda conta com uma forte base difusa. A mesma pesquisa Datafolha agora divulgada apurou que ele é considerado como o melhor presidente que o país já teve por 37% dos entrevistados. Não é pouca coisa. Então, Lula conta com uma massa de apoio para a resistência.

Como fará isso é que são elas. O PT tem dificuldade para convocar manifestações e os apoiadores também andam como na letra de “Apesar de Você”, de Chico Buarque: “a minha gente hoje anda falando de lado e olhando pro chão”. Os lulistas continuam existindo mas muitos estão intimidados, não querem mais discutir com o outro lado, não querem se expor nem ser agredidos. Ainda mais nestes tempos economicamente bicudos.

Da intuição política de Lula, entretanto, nem os adversários duvidam. Se ele saiu da toca agora e anunciou que vai para a guerra, deve saber o que faz.

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