Denúncia de propina paga pela holandesa SBM na Petrobras, publicada hoje pela Folha de S. Paulo, “é um motivo extremamente forte” para oficializar um pedido de impeachment contra a presidente, segundo o senador; “A CGU é acusada de ter prevaricado”, disse o tucano; “Os fatos falam com muito mais poder do que qualquer líder da oposição. E esses fatos podem levar tudo isso a um novo desfecho”; Aécio disse ainda que a oposição irá a Londres ouvir o ex-diretor da SBM Offshore
247 – O senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou nesta terça-feira 14 que a denúncia publicada hoje pela Folha de S. Paulo, de que pode ter alcançado 5% a propina paga pela offshore holandesa SBM para a Petrobras, “é um motivo extremamente forte” para oficializar um pedido de impeachment contra a presidente.
“Inúmeros são os fatos. Teve Correios, o TCU, através do relatório do procurador do Ministério Público do TCU anuncia. E agora essa denúncia de hoje, que é de extrema gravidade. A CGU é acusada de ter prevaricado e, amanhã, a CPI vai criar um grupo, nós vamos apresentar um requerimento, um grupo de cinco parlamentares que vai a Londres ouvir esse representante da empresa que disse que em agosto já tinha entregue todos os documentos à CGU, que resolveu abrir a investigação só em novembro, depois das eleições. E sem que qualquer outro documento, qualquer outro fato novo ocorresse nesse período. Isso é extremamente grave, é a demonstração clara da utilização permanente do Estado a serviço de um projeto de poder, que não é mais nem um projeto de pais”, disse o tucano.
“Certamente é um motivo extremamente forte. É o Estado utilizado, como foram as empresas públicas, de forma criminosa a serviço de um projeto de poder. Os fatos falam com muito mais poder do que qualquer líder da oposição. E esses fatos podem levar tudo isso a um novo desfecho”, acrescentou.
Aécio disse ainda que a oposição irá a Londres, ouvir o ex-diretor da SBM Offshore. Para Aécio, se isso for comprovado indicará que a CGU cometeu crime de prevaricação por ter omitido uma grave denúncia na campanha.
Sobre as manifestações de domingo, o presidente do PSDB comentou que, “independentemente do número de pessoas, não diminuiu a indignação dos brasileiros em relação ao governo. Vamos ver que consequências nós achamos possíveis de serem tomadas”.