Um sétimo ministério para acomodar os interesses do PMDB no governo entrou em discussão nesta terça-feira 29; medida teria sido sugerida à presidente Dilma como forma de atender a todas as alas do partido e garantir apoio integral da sigla para aprovação do ajuste fiscal e barrar um eventual processo de impeachment; a pasta alvo é a Cultura, atualmente comandada por Juca Ferreira; embora se negue a indicar nomes, o grupo do vice-presidente, Michel Temer, tem demonstrado interesse em permanecer com Eliseu Padilha na Aviação Civil, Helder Barbalho na Pesca e Henrique Eduardo Alves no Turismo; na cota da bancada no Senado, serão mantidos os ministros Eduardo Braga nas Minas e Energia e Kátia Abreu na Agricultura; já a bancada da Câmara deve ficar com o Ministério da Saúde, que entre os nomes indicados está o do deputado Manoel Júnior (PB)
247 – Um sétimo ministério para acomodar os interesses do PMDB no governo Dilma Rousseff entrou em discussão nesta terça-feira, 29. A medida estaria sendo sugerida à presidente como forma de atender a todas as alas do partido e garantir apoio integral da sigla para aprovação do ajuste fiscal e também para barrar um eventual processo de impeachment da presidente.
Peemedebistas têm demonstrado nos bastidores interesse no Ministério da Cultura, comandado por Juca Ferreira, da cota do PT. O assunto pode ter sido discutido na reunião que Dilma teve nesta terça com o vice-presidente, Michel Temer, para avaliar as negociações sobre a reforma administrativa. Dilma disse ao vice que deseja prestigiar o partido, essencial para que ela possa remontar sua base aliada dentro do Congresso.
Embora oficialmente adote o discurso de deixar a presidente livre para indicar os nomes do partido na reforma, o grupo ligado a Temer tem demonstrado interesse em permanecer com Eliseu Padilha na Aviação Civil, Helder Barbalho na Pesca e Henrique Eduardo Alves no Turismo. Na cota da bancada do partido no Senado, serão mantidos os ministros Eduardo Braga (Minas e Energia) e Kátia Abreu (Agricultura).
A bancada da Câmara deve ficar com o Ministério da Saúde, que entre os nomes indicados à presidente está o do deputado Manoel Júnior (PB).
Mais informações na reportagem da Agência Brasil:
Dilma e Temer tratam de reforma administrativa em encontro no Planalto
Paulo Victor Chagas – A presidenta Dilma Rousseff continua nesta terça-feira (29) as conversas para definir a reforma administrativa. Nesta manhã, ela recebeu o vice-presidente Michel Temer, que é também presidente do PMDB. Ao ser chamado por Dilma, Temer reforçou posição manifestada anteriormente de que não faria indicações em nome do partido para que a presidenta pudesse fazer as escolhas que considerasse mais adequadas.
O encontro ocorreu no gabinete da presidenta no Palácio do Planalto e durou cerca de 30 minutos. Também de manhã, Dilma recebeu o ministro das Comunicações, Ricardo Berzoini, que vem atuando na articulação política do governo e é cotado para continuar na função após a reforma administrativa. A presidenta deixou, há pouco, o Palácio da Alvorada, onde não tinha agenda oficial, e seguiu para o Planalto.
Na semana passada, a presidenta se reuniu com líderes de vários partidos antes de viajar para Nova York, onde participou da Assembleia Geral das Nações Unidas. A promessa feita pelo governo no mês passado foi de cortar, até o fim de setembro, dez dos atuais 39 ministérios.
Para a nova composição, Temer já havia sido consultado anteriormente, mas preferiu não indicar nomes, tarefa que coube aos líderes do PMDB na Câmara dos Deputados e no Senado. Ontem (28), ele disse que o “PMDB é muito grande” e que não cabe todo mundo no governo, mas que a representação do partido será definida pela presidenta.