PSDB pode pedir impeachment de Dilma em maio

WhatsApp
Facebook
Twitter

 
Exame
O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima, afirmou ontem ao blog do jornalista Josias de Souza que o partido pode entrar com o pedido de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff já no próximo mês.

A afirmação veio horas depois que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) criticou a proposta no 14º Fórum de Comandatuba, na Bahia – onde Cunha Lima também estava presente.

“Impeachment não pode ser tese. Quem diz se houve uma razão objetiva é a justiça e a polícia. Os partidos não podem se antecipar a tudo isso, não faz sentido. É precipitação”, afirmou FHC em entrevista coletiva.

Há alguns dias, o PSDB encomendou ao ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior uma ação penal contra Dilma Rousseff pela prática de “pedalada fiscal” cometida nos últimos dois anos.

Adotada como estratégia para melhorar artificialmente as contas públicas, a medida consistiu em adiar as despesas de um mês para o outro

Diante da prática, o Tesouro Nacional atrasou cerca de 40 bilhões de reais em repasses para o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e BNDES. Conclusão: os bancos estatais tiveram que cobrir os gastos do governo federal com recursos próprios.

Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) concluiu que a prática pode, sim, ser configurada como crime de responsabilidade fiscal. Políticos ligados aos partidos da oposição encararam a decisão como o argumento que faltava para fundamentar juridicamente o pedido de afastamento da presidente.

Faz sentido pensar em impeachment agora?
Para que o pedido de abertura de impeachment tenha consistência, devem existir evidências de que o mandatário cometeu algum crime comum (como homicídio ou roubo) ou crime de responsabilidade – que envolve desde improbidade administrativa até atos que coloquem em risco a segurança do país.

Na prática, qualquer cidadão pode entrar com uma denúncia contra a presidente por crimes de responsabilidade, mas cabe ao presidente da Câmara dos Deputados julgá-la procedente e abrir uma comissão especial para analisar o pedido. Só depois dessa análise, a Câmara pode votar pela abertura do processo.

No entanto, pelo menos até agora, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, afirma ser contra a proposta. “Na minha opinião, o que saiu em relação a isso foi no mandato anterior. Não vejo como possa se aplicar em responsabilidade no atual mandato”, disse no mesmo fórum.

Cunha Lima discorda. Ao jornalista Josias de Souza, ele afirmou que, em uma série de decisões contra prefeitos pelo país, o Judiciário não teria feito distinção entre primeiro e segundo mandato.

Para ele, se essa tese prevalecesse, os candidatos à reeleição iriam “meter o pé na jaca e correr até o dia da posse”, afinal, a nova legislatura poderia ser encarada como uma espécie de anistia para crimes cometidos em mandatos anteriores.
O governo tem menos de 30 dias para explicar para o TCU por que atrasou os repasses aos bancos públicos. Ao todo, 17 autoridades serão ouvidas – a presidente Dilma Rousseff não está entre elas.

Após a análise, se o tribunal concluir que o governo não cumpriu a Lei de Responsabilidade Fiscal, os ministros do TCU podem recomendar o Congresso a rejeitar as contas da União – algo inédito na história do país. Se isso ocorrer, está aberto o caminho para que qualquer cidadão entre com o pedido de abertura de um processo de impeachment.

Isso, contudo, não significa que a presidente pode ser afastada do cargo. Após a análise de uma comissão especial na Câmara, o processo de impeachment só pode ser aberto se dois terços dos deputados votarem a favor da sua instalação. O Senado então deve decidir, na mesma proporção, se o mandato pode ser interrompido ou não.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Últimas Notícias

Screenshot_20250416_120604_Facebook
Luto - Paulo Afonso Ferreira
IMG-20250410-WA0078
Feijoada beneficente na Sede do Sinpetro
Screenshot_20250210_151638_WhatsApp
Hoje é o aniversario do nosso colega Francisco Airton Martins Procópio
Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20241208_210649_WhatsApp
Luto - David Barroso de Souza
Screenshot_20241010_083144_WhatsApp
Nesta sexta-feira, café da manhã no Sinpfetro
IMG-20240918-WA0281
Luto - Renato Gomes Abreu
Screenshot_20240916_193205_Gallery
Luto - Mauro Gomes de Souza
Screenshot_20240804_200038_Facebook
BEE GEES E O BULLYING - Jair Queiroz
Screenshot_20240730_075200_WhatsApp
Nota de pesar - OLINDINA FERNANDES SALDANHA DOS SANTOS

Últimas do Acervo

Screenshot_20250416_120604_Facebook
Luto - Paulo Afonso Ferreira
Screenshot_20250317_110142_Chrome
Luto - Morre o Cel. Walnir Ferro
Screenshot_20250314_174025_WhatsApp
Homenagem do Tribunal de Justiça de Rondônia, a sindicalizada, Maria Ivanilda de Andrade
Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
FB_IMG_1740562478358
HOMENAGEM "POST MORTEM" AO DR. JOSÉ ADELINO DA SILVA.
Screenshot_20250114_065730_Chrome
Quatro anos do falecimento do colega José Rodrigues Sicsu
Screenshot_20250111_050851_Gallery
Dois anos do falecimento do colega Dativo Francisco França Filho
Screenshot_20250103_061531_Gallery
Quatro anos do falecimento do colega José Jorio Ismael da Costa
Screenshot_20250102_064454_Chrome
Um ano do falecimento do colega André Luiz Otto Barbosa
Screenshot_20241227_055417_Gallery
Um ano do falecimento de João Lins Dutra

Conte sua história

Screenshot_20250314_130349_Facebook
GUERREIRAS DA LEI: HONRA E CORAGEM DAS MULHERES POLICIAIS CIVIS
20220903_061321
Suicídio em Rondônia - Enforcamento na cela.
20220902_053249
Em estrada de barro, cadáver cai de rabecão
20220818_201452
A explosao de um quartel em Cacoal
20220817_155512
O risco de uma tragédia
20220817_064227
Assaltos a bancos continuam em nossos dias
116208107_10223720050895198_6489308194031296448_n
O começo de uma aventura que deu certo - Antonio Augusto Guimarães
245944177_10227235180291236_4122698932623636460_n
Três episódios da delegada Ivanilda Andrade na Polícia - Pedro Marinho
gabinete
O dia em que um preso, tentou esmurrar um delegado dentro do seu gabinete - Pedro Marinho.
Sem título
Em Porto Velho assaltantes levaram até o pesado cofre da Padaria Popular