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Primeiro relatório da Polícia Federal sobre a Operação Zelotes deverá ser concluído nesta quarta-feira 25 sem que sejam apresentadas acusações contra o filho do ex-presidente Lula, o empresário Luiz Cláudio Lula da Silva, e contra o ex-ministro Gilberto Carvalho, informa o Jornal GGN; o escritório do filho de Lula, que prestou depoimentos à PF, foi alvo de busca e apreensão; nova fase da operação foi deflagrada nesta terça-feira
Jornal GGN – O jornal O Globo publicou nesta terça-feira (24) que a Polícia Federal deve concluir até amanhã o primeiro relatório da investigação sobre a suposta compra de medidas provisórias em governos petistas, por consultorias contratadas por montadoras, especialmente a Caoa, representante da Hyundai e da MMC Automotores, fábrica de carros da Mitsubishi no Brasil. Segundo o jornal, não haverá acusações contra o filho do ex-presidente Lula, o empresário Luiz Cláudio Lula da Silva, nem contra o ex-ministro Gilberto Carvalho.
A Zelotes ganhou destaque na mídia após o filho de Lula e Carvalho serem relacionados à compra de medidas provisórias. Ao ex-ministro teria sido demandada uma reunião com um dos lobistas investigados no esquema da Zelotes, fato não consumado, pois ele estava em viagem internacional na data do referido encontro. E a empresa de Luiz Cláudio, a LFT Marketing Esportivo, entrou na mira dos agentes federais por ter sido contratada pela Marcondes & Mautoni cinco anos após a suposta compra de MP. Ele explicou às autoridades que prestou serviços na área de marketing esportivo.
“Até sexta-feira (27), o procurador regional da República, José Alfredo de Paula, deverá apresentar à Justiça Federal denúncia contra parte dos investigados. Neste primeiro relatório, a PF deverá deixará de fora as investigações sobre o ex-ministro Gilberto Carvalho e sobre as empresas de Luis Claudio Lula da Silva. A Polícia Federal entende que as informações recolhidas e analisadas até o momento não autorizam qualquer conclusão sobre os dois”, diz reportagem de O Globo.
O escritório do filho de Lula foi alvo de busca e apreensão por parte da PF, por pedido do Ministério Público Federal. A iniciativa foi questionada pela defesa, principalmente porque Luis Cláudio não era investigado na Zelotes. A operação tinha como objetivo central desbatar uma rede de pagamento de propina em troca de abatimento de dívidas com a Receita Federal. A Marcondes & Mautoni estaria envolvida no esquema.
Nesta quarta, a PF informou à imprensa que deflagrou, junto com o MPF, uma nova fase da Zelotes. “Estão sendo cumpridos quatro mandados judiciais autorizados pela 10ª Vara Criminal Federal de Brasília, sendo um de busca e apreensão em São Paulo, além de duas prisões preventivas em Brasília e uma prisão domiciliar em São Paulo.”
“Dessas prisões, duas são contra um casal que já se encontra preso desde o dia 26 de outubro. O terceiro preso atua como representante da dupla e é sócio de uma consultoria”, disse a PF.
“O que motivou o atual pedido das prisões foi a descoberta de que os três, além de integrarem organização criminosa, ‘investigaram‘, por meio de um escritório particular, um procurador do Ministério Público Federal, que atualmente integra a Força Tarefa do MPF na Operação Zelotes. A descoberta dessas novas informações evidencia o grau de periculosidade do grupo.”