
Renato Costa – Folha
Josias de Souza
Valendo-se das prerrogativas de presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) indicou três petistas para a CPI dos Fundos de Pensão: Humberto Costa (PE), José Pimentel (CE) e Gleisi Hoffmann (PR). Fez isso à revelia do PT, que protelava as indicações para impedir a instalação da CPI e viu-se compelido a referendar os nomes. A investigação foi requerida pelo PSDB.
Com seu gesto, Renan preparou o terreno para que a CPI seja instalada nos primeiros dias de agosto, depois das férias dos senadores, que começa já nesta sexta-feira (17). Mais cedo, ele anunciara que lerá no plenário do Senado, em 6 de agosto, o requerimento de outra CPI, a do BNDES, proposta pelo DEM. A leitura antecede a indicação dos membros.
Renan acomoda duas novas pedras no caminho do governo de Dilma Rousseff num instante em que a Operação Lava Jato avança em direção ao Congresso. Incluído no rol de investigados, o presidente do Senado atribui seu infortúnio ao governo. A alegação não faz nexo. Mas a irritação de Renan produz consequências.
Além dos petistas, integrarão a CPI dos Fundos de Pensão os seguintes senadores: Lídice da Mata (PSB-BA); João Alberto Souza (PMDB-MA); Sandra Braga (PMDB-AM); Otto Alencar (PSD-BA); Sérgio Petecão (PSD-AC); Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP); Antonio Anastasia (PSDB-MG); Ronaldo Caiado (DEM-GO) e Fernando Collor (PTB-AL). Os suplentes serão: Paulo Bauer (PSDB-SC), João Capiberibe (PSB-AP) e Blairo Maggi (PR-MT).