Funcionários públicos federais se unem, nesta quinta-feira (28), no Dia Nacional de Luta, que será marcado por paralisações e atos em todo o país. Eles rejeitam aumento de 5% oferecido por Bolsonaro
Servidores públicos federais se unem, nesta quinta-feira (28), no Dia Nacional de Luta, que será marcado por paralisações e atos em todo o país. É mais uma tentativa de sindicatos e organizações das diversas categorias para pressionar o governo por um aumento salarial mais expressivo.
Os funcionários públicos federais rejeitam a proposta oferecida pelo governo Jair Bolsonaro (PL), de 5% para todas as categorias. Os servidores pedem o chamado “reajuste salarial emergencial” de 19,99%. Segundo eles, seria o percentual considerado suficiente para repor as perdas salariais sofridas desde o início do atual governo.
Em Brasília, a concentração dos servidores públicos começa às 9h desta quarta-feira, entre os blocos C e D da Esplanada dos Ministérios.
Servidores do Ministério do Trabalho e Previdência (MTP) e do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) já estão em greve. Os funcionários do Banco Central podem voltar a cruzar os braços – o que já foi feito por 19 dias em abril; a possibilidade de paralisação será definida em assembleia na sexta-feira (29).
Paulo Guedes anunciou oficialização do aumento para 1º de julho
Em entrevista coletiva concedida nos Estados Unidos na semana passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que o anúncio sobre o aumento para o funcionalismo público federal deve sair “em breve”, e não quis bater o martelo, mas citou o dia 1º de julho como um exemplo.
“O pleito [dos servidores por reajuste] num ano eleitoral não pode ser satisfeito com facilidade, porque isso é visto, pela lei eleitoral, como se fosse favorecimento específico a uma categoria, e, portanto, uma tentativa de buscar votos numa categoria específica”, afirmou o ministro.
“O que a lei eleitoral permite é que haja aumentos lineares, não diferenciados, e que possam tratar apenas da reposição no ano”, explicou o titular da Economia, para justificar o percentual que o governo deve oferecer, mas que está sendo considerado baixo por muitos sindicatos.