Josias de Souza
A ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora do TSE, mandou abrir investigação sobre a contabilidade da campanha presidencial de Aécio Neves em 2014. Tomou essa providência cinco dias depois de o colega Gilmar Mendes, presidente do TSE, ter determinado a abertura de processo para apurar fraudes que podem levar à cassação do registro do PT.
Deve-se a movimetnação da Justiça Eleitoral a uma troca de chumbo de dois dos principais partidos do país. O PSDB representara contra o comitê de Dilma. Em revide, o PT representou contra o comitê de Aécio. Em essência, as duas legendas acusam-se mutuamente de tonificar as respectivas caixas eleitorais com o anabolizante do caixa dois e enfiar na escrituração notas de firmas de fachada.
Todos negam os malfeitos. Ouve-se ao fundo a voz de João Santana, marqueteiro do PT, num depoimento ao juiz Sérgio Moro: 98% das campanhas operam com caixa dois. Incluída no noticiário sobre a Lava Jato como lavanderia de dinheiro sujo, a Justiça Eleitoral pode fazer muita coisa, menos continuar se fingindo de morta. A corregedora Maria Thereza já havia requisitado na terça-feira investigações contra PMDB e PP, sócios do PT na pilhagem à Petrobras. Que todas as caixas registradoras sejam reviradas do avesso.