Defesa da presidente alegava que não há motivos para reanalisar as contas, pois elas já foram aprovadas antes da diplomação, no ano passado; mas o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou o recurso por unanimidade; o ministro Gilmar Mendes, relator do processo, pediu que supostos crimes sejam investigados
André Richter – Repórter da Agência Brasil
Por unanimidade, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rejeitou ontem (15) recurso apresentado pela coligação da presidenta Dilma Rousseff contra decisão do tribunal que determinou novas diligências sobre as contas da campanha eleitoral de 2014. A defesa da presidenta alegou que não há motivos para reanalisar as contas, pois elas já foram aprovadas antes da diplomação, no ano passado.
A decisão foi proferida no processo de prestação de contas da campanha da presidenta Dilma Rousseff à reeleição. Apesar de a prestação ter sido aprovada pelo plenário da Corte em dezembro do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, relator do processo, pediu que supostos crimes sejam investigados.
Segundo Mendes, a decisão do TSE que aprovou as contas não considerou as suspeitas de doações ilícitas a partidos investigados na Operação Lava Jato. Por determinação do relator, ofícios foram enviados à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República (PGR) para novas investigações.
No processo, o PT sustenta que todas as doações que o partido recebeu foram feitas estritamente dentro dos parâmetros legais e, posteriormente, declaradas à Justiça Eleitoral.