Andre Dusek
PRESIDENTE MICHEL TEMER ‘CONVOCOU‘ PARLAMENTARES A REBATEREM DA TRIBUNA CRÍTICAS AO GOVERNO (FOTO: ANDRÉ DUSEK/ESTADÃO CONTEÚDO)
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O presidente Michel Temer rebateu nesta quarta-feira, 14, “versões mentirosas” de que seu governo tenha como “objetivo central destruir a saúde, a educação e o direito dos trabalhadores”. Ele “convocou” deputados e senadores para que defendam o governo e “contestem aqueles que queiram vilipendiar os fatos”.
“Não é o que se alardeia ou que se divulga, então se deixa de reproduzir a verdade dos fatos e isso cria problemas para nós. Porque, convenhamos, isso é desagradável de imaginar que nós somos um governo cidadão que, com o perdão da palavra tão estupidificada, tão idiota, chega ao poder para restringir os direitos dos trabalhadores, para acabar com saúde, para acabar com educação”, esbravejou Temer, durante cerimônia de ações de gestão para a melhoria da saúde pública, no Palácio do Planalto.
Segundo Temer, mudanças na jornada de trabalho ainda estão em estudo pelo governo. Ele citou a polêmica envolvendo as declarações do ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, que afirmou ter intenção de oficializar uma carga horária diária de até 12 horas de trabalho. Atualmente a jornada é de oito horas por dia, na maioria dos casos.
Segundo o presidente, a proposta de ampliação da carga horária de trabalho deve passar pela aprovação de uma convenção coletiva, com representantes do governo, patrões e trabalhadores. Sem dar detalhes, ele falou até em redução do número de dias trabalhados.
“Quem sabe o trabalhador passe a trabalhar apenas quatro dias por semana e folgar três dias. Ou se quiser, pode trabalhar esses outros dias da maneira como bem entenda”, disse o presidente no Palácio do Planalto, logo após cerimônia ao lado do ministro da Saúde, Ricardo Barros, sobre liberação de R$ 1 bilhão para a saúde.
Em vídeo publicado na manhã desta quarta-feira no Twitter, o presidente disse que o governo não impedirá que o trabalhador saque seu saldo no Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) em caso de demissão.
“De vez em quando se divulgou que quem tivesse perdido seu emprego por despedida injusta não poderia sacar os valores do FGTS. Não é verdade. Este é o primeiro esclarecimento que quero fazer. Não há nenhum pensamento a respeito dessa matéria no governo, ou seja, o fundo de garantia continuará a exercer seu papel, como vem exercendo ao longo do tempo”, disse no vídeo.