Anderson Riedel: <p>Michel Temer</p>
“Chegamos à conclusão de que se deve deixar [a votação dos vetos] para o mês que vem”, disse o vice-presidente; segundo Michel Temer, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “ajudará a agilizar” a votação de projetos importantes para o governo; “A base está sendo organizada”, garantiu
Paulo Victor Chagas, repórter da Agência Brasil – O vice-presidente Michel Temer disse hoje (14) que a votação dos vetos presidenciais ficará para novembro. Segundo Temer, a questão foi discutida no almoço desta quarta-feira (14), no Palácio do Jaburu, residência oficial da Vice-Presidência, do qual participou o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Na semana passada, por duas vezes consecutivas, o governo tentou, sem sucesso, conseguir quórum para analisar vetos de Dilma a projetos que aumentam os gastos públicos. “Chegamos à conclusão de que se deve deixar [a votação dos vetos] para o mês que vem”, disse o vice-presidente.
Temer disse que, nessa conversa, ficou decidido que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ,”ajudará a agilizar” a votação de projetos importantes para o governo, como a proposta para Desvinculação das Receitas da União (DRU) até 2023. “A base está sendo organizada”, afirmou.
Em conversa com jornalistas ao entrar em seu gabinete, no Palácio do Planalto, perguntado sobre o que achava das recentes notícias sobre a possibilidade de assumir o Ministério da Justiça, Temer respondeu: “eu vou ficar vice-presidente”.
O vice-presidente disse ainda que não conversou com o presidente da Câmara sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal de suspender o rito adotado por Cunha para eventual abertura de processos de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. “Decisão do Supremo se cumpre”, limitou-se a dizer Temer, após se encontrar com Cunha.