Cláudio Humberto
Decisiva na vitória de Alcolumbre, Simone Tebet é a única chance de o MDB ficar com a presidência da CCJ. (Foto: Moreira Mariz/AgSenado)
Desgastado pela derrota sofrida na disputa pela presidência do Senado no último fim de semana, o MDB terá direito a indicar apenas um nome para a Mesa Diretora da Casa, e não será nenhum dos dois vice-presidentes.
Ao partido de Renan Calheiros (MDB-AL) caberá apenas a Segunda Secretaria do Senado, com a função lavrar as atas das sessões secretas, lê-las e assiná-las depois do primeiro-secretário.
Sem forças e ciente de que precisa reconstruir pontes com outros partidos, a sigla preferiu não ir para confronto durante a reunião de líderes desta terça-feira (5), que completou o desenho da Mesa Diretora que deverá ser confirmado na tarde desta quarta (6).
O líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM) optou por não polemizar, apesar de comandar a maior bancada, com 13 senadores. “A proporcionalidade é um critério muito importante nas horas mais íngremes de um Parlamento. Se você não tem critério, acaba gerando impasses. Mas, obviamente, a gente reconhece que há uma circunstância política. Houve uma disputa, nós não a vencemos e eles estão colocando a Segunda Secretaria para o MDB”, afirmou ele.
A primeira vice-presidência será do PSDB. O nome ainda não está fechado, mas deve ser o do senador Izalci Lucas (DF) ou o de Antonio Anastasia (MG). A segunda vice vai para o Podemos.
A Primeira Secretaria ficará com o PSD. A Terceira será do PSL, que indicará Flávio Bolsonaro (RJ), filho do presidente Jair Bolsonaro.
A Quarta Secretaria pode ficar com o PP ou com o PT. Quem perder fica com a primeira suplência. Os demais suplentes serão de PDT, PSB e PPS.
Apesar de uma nova reunião ter sido marcada para a próxima semana para definir o comando das comissões, a mais importante delas, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), por onde passam todas as matérias para que se verifique a constitucionalidade delas, já está em debate.
O MDB reivindica a presidência da CCJ por ter a maior bancada, mas sua única chance é indicar Simone Tebet (MDB-MS), que enfrentou o senador alagoano e foi decisiva ma vitória de Davi Alcolumbre. Caso contrário, a comissão ficará com o PSDB e o nome mais forte, ao menos por enquanto, é o de Anastasia.
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